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Carrefour diz que mercados emergentes são prioridade

7 out 2009 - 11h43
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As lojas do Carrefour em mercados emergentes continuam sendo uma prioridade para o grupo francês e não há planos de colocá-las à venda, informou a companhia em um comunicado nesta quarta-feira.

A segunda maior rede de varejo do mundo depois do Wal-Mart Stores não mudou seus planos estratégicos desde março, afirmou o Carrefour, acrescentando que sua estratégia tem apoio total do conselho de diretores.

O jornal francês Le Monde publicou nesta quarta-feira que o grupo estava "seriamente" avaliando a venda de suas lojas no Brasil, Colômbia e Argentina por pressão dos principais acionistas.

O Carrefour estaria esperando duas ofertas, incluindo do Wal-Mart, segundo a publicação.

"O Carrefour nega a venda de seus negócios em mercados emergentes", esclareceu a companhia em um comunicado.

"As prioridades geográficas do grupo são França, outros países do G4 e, no médio e longo prazo, os mercados emergentes, particularmente Brasil e China", informou o Carrefour.

O G4 é composto por França, Bélgica, Espanha e Itália.

O Le Monde divulgou que o Carrefour estava sob pressão por parte de dois de seus principais acionistas, o fundo Colony Capital e Bernard Arnault, proprietário do grupo de bens de luxo LVMH, para se desfazer dos negócios.

Segundo o site da rede de varejo francesa, Colony Capital e Arnault detêm 10,7 por cento da companhia por meio da Blue Capital, 2,15 por cento através da Colony Blue Investor e 0,7 por cento com o Groupe Arnault.

Mais cedo, um porta-voz da Blue Capital se recusou a comentar a notícia.

Analistas avaliaram as operações do Carrefour na América Latina em torno de 3,3 bilhões a 8 bilhões de euros (4,9 bilhões a 11,8 bilhões de dólares), de acordo com o jornal.

O Carrefour em junho revelou um plano de economizar 4,5 bilhões de euros até 2012 ao cortar custos operacionais, melhorar os termos de compra e reduzir o tempo dos estoques para impulsionar os lucros.

As ações do Carrefour exibiam alta de 0,16 por cento, cotadas a 30,99 euros às 11h38 (horário de Brasília).

(Reportagem de Noelle Mennella e Lionel Laurent)

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