Equipes avistam destroços do voo 447 a 100 km da área de busca

Os comandos da Marinha e da Aeronáutica informaram no final da tarde desta segunda-feira que militares a bordo das aeronaves avistaram destroços do vôo AF 447 a cerca de 950 km de Fernando de Noronha. A área fica a 100 km de onde foram achados anteriomente corpos e partes do avião Não foram avistados corpos durante as buscas desta segunda-feira.

Atuam diretamente nas buscas mais de mil militares brasileiros, sendo 761 da Marinha e 250 da Aeronáutica. A Fragata Bosísio está em deslocamento para Fernando de Noronha com os seis corpos anteriormente encontrados pela Marinha Francesa e transferidos para o navio brasileiro. A fragata deve chegar à ilha na terça-feira.

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"As condições meteorológicas hoje foram melhores, mas os nossos meteorologistas têm ressaltado que se trata de local com muita instabilidade. Às vezes a gente começa o dia achando que vai estar bom e o tempo muda", disse o tenente-coronel Henry Munhoz, assessor de imprensa da Aeronáutica. O oficial informou que, amanhã, as aeronaves envolvidas nas buscas devem completar mil horas de vôo, mais que o dobro do tempo gasto nas operações humanitárias em Santa Catarina. A área de varredura equivale a cinco vezes o estado de São Paulo ou dez vezes o território de Pernambuco.

Munhoz voltou a afirmar que não existe limite para o fim das buscas, porém, a própria Aeronaútica havia dito que a missão poderia acabar no dia 19. "As buscas continuam por prazo indeterminado. O que existe são dias de reuniões em que se prepara uma logística para que as buscas continuem", disse o oficial. A primeira dessas reuniões ocorrerá dia 17, quando se saberá se a missão continua só até o dia 19 ou se será estendida para o dia 25.

O acidente

O Airbus A330 saiu do Rio de Janeiro no domingo (31 de maio), às 19h (horário de Brasília), e deveria chegar ao aeroporto Roissy - Charles de Gaulle de Paris no dia 1º às 11h10 locais (6h10 de Brasília).

De acordo com nota divulgada pela FAB, às 22h33 (horário de Brasília) o vôo fez o último contato via rádio com o Centro de Controle de Área Atlântico (Cindacta III). O comandante informou que, às 23h20, ingressaria no espaço aéreo de Dakar, no Senegal.

Às 22h48 (horário de Brasília) a aeronave saiu da cobertura radar do Cindacta, segundo a FAB. Antes disso, no entanto, a aeronave voava normalmente a 35 mil pés (11 km) de altitude.

A Air France informou que o Airbus entrou em uma zona de tempestade às 2h GMT (23h de Brasília) e enviou uma mensagem automática de falha no circuito elétrico às 2h14 GMT (23h14 de Brasília). A equipe de resgate da FAB foi acionada às 2h30 (horário de Brasília).

Confira na íntegra a nota da Força Aérea Brasileira:

O Comando da Marinha e o Comando da Aeronáutica informam que, nas buscas de hoje, militares a bordo das aeronaves avistaram destroços a cerca de 950 quilômetros de Fernando de Noronha, em área próxima a materiais encontrados anteriormente. Não foram avistados corpos.

No momento, atuam diretamente nas buscas mais de mil militares brasileiros, sendo 761 da Marinha e 250 da Aeronáutica.

A Fragata Bosísio está em deslocamento para Fernando de Noronha com os seis corpos anteriormente encontrados pela Marinha Francesa e transferidos para o navio brasileiro. A estimativa de chegada à ilha é amanhã, terça-feira, dia 16.