Vôo 447: FAB recebe sacos para corpos em Fernando de Noronha
Marcelo Jorge Loureiro
Direto de Fernando de Noronha
A Força Aérea Brasileira em Fernando de Noronha recebeu, por volta das 15h30, caixas com a inscrição "sacos para cadáver" e um contêiner frigorífico. O material foi enviado pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco. A ilha é o quartel-general da Força Aérea Brasileira (FAB) nas buscas pelos destroços do vôo AF447.
Apesar do material enviado, não há confirmação de que tenham sido encontrados corpos nas buscas pelos destroços e vítimas da queda do Airbus A330 da Air France.
As buscas da FAB utilizam a estrutura civil da ilha. De lá, decolam, aterrissam e são abastecidas as 11 aeronaves envolvidas nas buscas pelo Airbus. A vila da Aeronáutica, com pelo menos 20 casas, abriga as equipes de busca.
O diretor de administração da ilha, Romeu Neves Batista, disse que a pista da ilha tem "as mesmas dimensões do aeroporto de Congonhas", na zona sul de São Paulo. "É uma pista pequena, de 1,9 mil m de extensão", disse.
O acidente
O Airbus A330 saiu do Rio de Janeiro com 228 pessoas a bordo no domingo (31), às 19h (horário de Brasília), e deveria chegar ao aeroporto Roissy - Charles de Gaulle de Paris no dia 1º às 11h10 locais (6h10 de Brasília).
De acordo com nota divulgada pela FAB, às 22h33 (horário de Brasília) o vôo fez o último contato via rádio com o Centro de Controle de Área Atlântico (Cindacta III). O comandante informou que, às 23h20, ingressaria no espaço aéreo de Dakar, no Senegal.
Às 22h48 (horário de Brasília) a aeronave saiu da cobertura radar do Cindacta, segundo a FAB. Antes disso, no entanto, a aeronave voava normalmente a 35 mil pés (11 km) de altitude.
A Air France informou que o Airbus entrou em uma zona de tempestade às 2h GMT (23h de Brasília) e enviou uma mensagem automática de falha no circuito elétrico às 2h14 GMT (23h14 de Brasília). A equipe de resgate da FAB foi acionada às 2h30 (horário de Brasília).