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Mundo

Não há confirmação de vestígios no Senegal, diz França

2 jun 2009 - 08h18
(atualizado às 09h05)
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Daniela Fernandes


O ministro francês da Defesa, Hervé Morin, declarou na manhã desta terça-feira que não há "nenhuma confirmação" da presença de destroços do avião da Air France na região da costa do Senegal.

Familiares de vítimas do acidente estão concentrados em hotel nas proximidades do aeroporto Charles de Gaulle, no subúrbio de Paris
Familiares de vítimas do acidente estão concentrados em hotel nas proximidades do aeroporto Charles de Gaulle, no subúrbio de Paris
Foto: AP

Os aviões franceses que realizam buscas na suposta área de desaparecimento do Airbus não encontraram os "pontos laranjas", indicados por um piloto de avião da TAM que sobrevoou o Atlântico.

"A presença de destroços na costa do Senegal é apenas uma hipótese que não está confirmada", disse Morin. Na manhã desta terça-feira, dois aviões militares franceses retomaram as buscas para tentar localizar o Airbus 330.

"Os aparelhos não confirmam até o momento a presença de pontos luminosos na superfície da água", afirma o ministro dos Transportes, Jean-Louis Borloo. "O ponto cardinal mencionado não é incoerente, mas no momento continuamos procurando", disse Borloo.

O ministro acrescentou ainda que as autoridades francesas "não acreditam que um simples relâmpago, algo relativamente clássico em aviação, pode ter causado a queda da aeronave".

"Deve ter havido realmente uma sucessão de acontecimentos extraordinários para poder explicar esta situação", disse Borloo à emissora de rádio RTL.

"A corrida contra o relógio começou" para encontrar as duas caixas pretas do avião, que emitem sinais por até 30 dias, acrescentou. Borloo afirmou que elas provavelmente estão em águas profundas.

Segundo o ministro francês, a probabilidade de encontrar sobreviventes a esta altura "é muito, muito pequena, quase inexistente".

Avião radar

Esta tarde, a França envia um avião radar Awacs, com 18 horas de autonomia de voo, para reforçar as operações de busca na suposta zona da catástrofe aérea. Segundo o porta-voz das Forças Armadas da França, a área de busca é muito vasta e representa "cinco vezes a superfície da França".

"Pode parecer restrito quando se olha em um mapa, mas a área é enorme. Será mais fácil no início procurar visualmente indícios na superfície da água do que ter indicações por radar", afirma Prazuck.

O porta-voz das Forças Armadas disse que seria "surpreendente" não encontrar destroços do avião, mas também afirmou que isso "não é impossível".

O ministro Borloo indicou nesta terça que será organizado o transporte até o local do acidente, quando ele for revelado, para os familiares e pessoas ligadas às vítimas. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, receberá as famílias das vítimas na próxima segunda-feira no Palácio do Eliseu.

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