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Voluntários ajudam nas buscas em Angra dos Reis

4 jan 2010 - 08h59
(atualizado às 09h33)
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Os bombeiros e homens da Defesa Civil de Angra dos Reis, no litoral sul do Estado do Rio de Janeiro, contam com grande número de voluntários na rotina de trabalho inciada desde o dia 1º de janeiro, quando as chuvas causaram o deslizamento de terra sobre diversas casas da região, provocando a morte de 46 pessoas.

Equipes de resgate carregam o corpo de uma vítima na Ilha Grandee capas)
Equipes de resgate carregam o corpo de uma vítima na Ilha Grandee capas)
Foto: AFP

Os voluntários ajudam em tarefas que vão desde a busca de corpos até o auxílio a desalojados e desabrigados. Vários ajudam no trânsito e informam aos motoristas quais vias estão interditadas. Alguns voluntários são moradores das comunidades atingidas pelos deslizamentos.

O estudante Patrick Pereira, 17 anos, ajuda os bombeiros desde o início da tragédia. "Já fizde tudo. Ajudei os bombeiros com a busca de corpos e agora estou cuidando dos lanches para eles", afirmou. Ele disse que chorou muito ao ver o corpo de uma mãe agarrado ao de sua filha. "Até hoje tenho dificuldade de dormir lembrando essa cena. Mas o trabalho temque ser feito, né?", disse. O estudante afirma que o melhor de ser voluntário é ver o sentimento de gratidão de quem recebe ajuda. "O pessoal da comunidade meencontra e agradece, reconhece meu trabalho. Isso é o melhor quehá", disse.

Um dos moradores da região, Marcelo Francisco Leite, 30 anos, ajudava na busca de corpos e desmaiou ao ver crianças soterradas no Morro da Carioca, no domingo. "Eu não aguenteinão, quando eu vi foi demais. Além disso,está um perigo lá em cima por causa dos deslizamentos. Mas é bompoder ajudar os bombeiros", disse.

Tragédia em Angra
Deslizamentos de terra causaram dezenas de mortes na madrugada do dia 1º em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. No centro de cidade, uma encosta cedeu e deslizou por cima de casas no Morro da Carioca. Na Ilha Grande, o deslizamento por conta das chuvas durante a madrugada encobriu a pousada de luxo Sankay, lotada de turistas, e mais sete casas, na enseada do Bananal. Cerca de 120 homens da Defesa Civil, dos Bombeiros e da Marinha participam do resgate.

Agência Brasil Agência Brasil
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