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Violência no Maranhão impõe agenda cheia a governo do Estado

12 jan 2014 - 20h01
(atualizado às 22h42)
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O governo do Maranhão tem uma série de atividades previstas nesta semana para buscar soluções à crise no sistema penitenciário do Estado. Segundo a assessoria do governo, amanhã a governadora Roseana Sarney deve receber os senadores que compõem a Comissão de Direitos Humanos da Casa, por volta das 12h30. Eles farão uma visita ao complexo prisional e se encontrarão com representantes da sociedade civil.

<a data-cke-saved-href="http://noticias.terra.com.br/infograficos/sistema-prisional-brasil/" href="http://noticias.terra.com.br/infograficos/sistema-prisional-brasil/">Sistema prisional do Brasil</a>

Também está previsto para o decorrer da semana uma série de reuniões dos representantes do Comitê de Ações Integradas do Maranhão. Até sexta-feira, haverá uma reunião geral na qual serão apresentados os primeiros resultados dos grupos de trabalho.

A situação dos presídios ganhou destaque com os ataques a ônibus em São Luís, comandados por presidiários do Complexo Penitenciário de Pedrinhas. A situação gerou uma crise que mobilizou o governo local e o Ministério da Justiça.

Vítimas

Os ataques fizeram cinco vítimas, uma delas, Ana Clara, 6 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu. Os demais permanecem internados. De acordo com os boletins médicos divulgados hoje, o quadro das vítimas é estável. Os dois pacientes transferidos do Maranhão para hospitais em Brasília e Goiânia, após sofrerem queimaduras durante ataques a ônibus em São Luís, continuam em estado grave. Os dois pacientes em tratamento no Estado devem receber alta nesta semana.

O boletim médico do Hospital Geral de Goiânia informou que Márcio Ronny da Cruz permanece em estado grave, porém estável. Ele respira com a ajuda de aparelhos. Apesar da gravidade do quadro de saúde - 72% do corpo queimado -, os médicos estão otimistas, pois as queimaduras não atingiram os órgãos internos, nem as vias respiratórias. Ele salvou a menina que acabou falecendo das chamas.

O Hospital Regional da Asa Norte, em Brasília, informou que Juliane Carvalho Santos também mantém quadro clínico grave, porém estável. Apesar de ainda fazer uso de oxigênio, ela apresentou discreta melhora no quadro respiratório. Está programado para amanhã um novo desbridramento, ou seja, um procedimento cirúrgico para retirada de tecido morto.

Ela é mãe de Ana Clara e de Lorane Beatriz, 1 ano e 6 meses, que sobreviveu ao ataque e está internada no Hospital Estadual Infantil Juvêncio Matos, em São Luís. Lorane, que teve lesões nos membros inferiores e numa das mãos, ainda passa por curativos cirúrgicos e está recebendo antibióticos. Amanhã, ela deve passar por mais um curativo cirúrgico por volta das 7h. Após o procedimento será avaliada a possibilidade de Lorane receber alta.

Abyancy Silva Santos está sendo atendida no Hospital Geral do Maranhão, também em São Luís. Ela teve 10% do corpo queimado mas não corre risco de morte e pode receber alta a partir de terça-feira. 

Agência Brasil Agência Brasil
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