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Vice de Obama fecha visita ao país com afagos ao Brasil

31 mai 2013 - 15h49
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O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, encerrou nesta sexta-feira uma visita de três dias ao Brasil com novos elogios ao governo Dilma Rousseff e a defesa de relações mais próximas entre os dois países.

A viagem, voltada principalmente à promoção de interesses comerciais dos Estados Unidos no Brasil, entre os quais a possível venda de caças americanos à Força Aérea Brasileira, busca também preparar o terreno para a próximo encontro entre Dilma e o presidente americano, Barack Obama.

Em 23 de outubro, a brasileira encontrará Obama ao fazer uma visita de Estado a Washington, modalidade mais formal que recepções habituais e considerada uma demonstração do prestígio do visitante.

Em pronunciamento no Ministério de Relações Exteriores (Itamaraty), Biden afirmou que Estados Unidos e Brasil - respectivamente a primeira e a sétima maiores economias do mundo - têm condições de quintuplicar suas trocas comerciais.

Para isso, porém, defendeu diminuir barreiras comerciais e facilitar viagens de brasileiros aos Estados Unidos.

"Queremos que os brasileiros venham aos Estados Unidos não só para fazer comércio, mas para nos ver e começar a nos entender, com nossas falhas e virtudes."

Caças

Biden discursou após encontrar-se com o vice-presidente brasileiro, Michel Temer. Antes, o americano se reuniu com Dilma no Palácio do Planalto.

Ele disse ter conversado com a brasileira sobre o aprofundamento das relações entre Brasil e Estados Unidos nas áreas de defesa, educação, comércio e investimentos.

A empresa americana Boeing disputa com a francesa Dassault e a sueca Saab uma concorrência para a venda de 36 caças para a Força Aérea Brasileira, em negócio estimado em US$ 4 bilhões.

A disputa se arrasta pelo menos desde 2008. O governo brasileiro exige contrapartidas do país vendedor para fechar o negócio.

Em Brasília, Biden exaltou a trajetória do Brasil nos últimos 15 anos. "Vocês demonstraram ao mundo que não precisa haver uma falsa escolha entre desenvolvimento e democracia."

"Você vê no Egito, você vê na Venezuela, você vê no Bahrein, você vê ao redor do mundo esse debate e esse dilema ocorrendo", afirmou. "E essa é a mágica do que vocês fizeram aqui, do que sua presidente está fazendo agora e por que ela pode ter uma influência tão incrível muito além deste país."

Energia

O vice-presidente americano disse ainda que Brasil e Estados Unidos têm muito a trocar no setor de energia. No início de sua visita ao Brasil, no Rio de Janeiro, Biden visitou a Petrobras e expressou o interesse de empresas dos Estados Unidos pela exploração do petróleo na camada pré-sal. O primeiro leilão de reservas do pré-sal ocorrerá em outubro.

Biden elogiou também a expertise brasileira na produção de energia renovável e afirmou que o Brasil pode aprender com os Estados Unidos quanto à exploração do gás de xisto (shale gas).

O item, segundo o americano, "mudou as perspectivas" da produção energética em seu país e tem grande potencial de exploração também no Brasil.

A visita de Biden a Brasília foi a última etapa de uma viagem do americano pela América Latina, que também incluiu Trinidad e Tobago e Colômbia. Ele retornaria a Washington ainda nesta sexta-feira.

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