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Velório de Zilda Arns será aberto ao público

15 jan 2010 - 07h55
(atualizado às 11h20)
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O corpo da médica e sanitarista Zilda Arns, fundadora e Coordenadora Internacional da Pastoral da Criança, que morreu durante o terremoto que devastou o Haiti na terça-feira, deverá ser levado diretamente do Aeroporto Internacional de Curitiba para o Palácio das Araucárias, sede do governo do Paraná, onde será realizado o velório. De acordo com Caroline Arns, filha do senador Flávio Arns (PSDB-PR), sobrinho de Zilda, o velório estará aberto à visitação até as 13h, quando será realizada uma celebração apenas com os familiares, presidida por d. Geraldo Magella Agnelo, Cardeal Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, co-fundador da Pastoral da Criança. Após às 14h, a visitação volta a ser aberta a visitação pública.

Zilda Arns, Fundadora da Pastoral da Criança, será velada em Curitiba
Zilda Arns, Fundadora da Pastoral da Criança, será velada em Curitiba
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

O corpo deverá chegar ao aeroporto por volta das 10h. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre outras autoridades, confirmou presença no velório. Além do presidente Lula, também deverão estar hoje em Curitiba para o velório de Zilda Arns o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), o presidente da Câmara Federal, Michel Temer (PMDB-SP), e o bispo d. Geraldo Lyrio Rocha, Arcebispo de Mariana (MG) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos Brasil.

Confirmaram presença também d. Aldo Di Cillo Pagotto, Arcebispo da Paraíba e presidente do Conselho Diretor da Pastoral da Criança, d. José Antonio Peruzzo, Bispo de Palmas/Francisco Beltrão e presidente do Conselho Diretor da Pastoral da Pessoa Idosa, d. Leonardo Ulrich Steiner, Bispo de São Félix do Araguaia (MT) e primo de Zilda Arns, e d. Pedro Luiz Stringhini, Bispo de Franca (SP), representando d. Paulo Evaristo Arns, impossibilitado de comparecer por motivos de saúde.

A orientação da família é que no lugar de coroas de flores sejam feitas doações para a continuidade do trabalho da Pastoral da Criança. Quem quiser fazer doação deve acessar o site da pastoral (www.pastoraldacrianca.org.br). De acordo com os parentes, essa seria a melhor maneira de homenagear concretamente a médica, ajudando com isso a salvar vidas.

Terremoto

Um terremoto de magnitude 7 na escala Richter atingiu o Haiti nessa terça-feira, às 16h53 no horário local (19h53 em Brasília). Com epicentro a 15 km da capital, Porto Príncipe, segundo o Serviço Geológico Norte-Americano, o terremoto é considerado pelo órgão o mais forte a atingir o país nos últimos 200 anos.

Dezenas de prédios da capital caíram e deixaram moradores sob escombros. Importantes edificações foram atingidas, como prédios das Nações Unidas e do governo do país. No entanto, devido à precariedade dos serviços básicos do país, ainda não há estimativas sobre o número de vítimas fatais nem de feridos. O Haiti é o país mais pobre do continente americano.

Morte de brasileiros

A fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Zilda Arns, e militares brasileiros da missão de paz da ONU morreram durante o terremoto no Haiti.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, e comandantes do Exército chegaram na noite de quarta-feira à base brasileira no país para liderar os trabalhos do contingente militar brasileiro no Haiti. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil anunciou que o país enviará até US$ 15 milhões para ajudar a reconstruir o país. Além dos recursos financeiros, o Brasil doará 28 t de alimentos e água para a população do país. A Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizou oito aeronaves de transporte para ajudar as vítimas.

O Brasil no Haiti

O Brasil chefia a missão de paz da ONU no país (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, ou Minustah, na sigla em francês), que conta com cerca de 7 mil integrantes. Segundo o Ministério da Defesa, 1.266 militares brasileiros servem na força. Ao todo, são 1.310 brasileiros no Haiti.

A missão de paz foi criada em 2004, depois que o então presidente Jean-Bertrand Aristide foi deposto durante uma rebelião. Além do prédio da ONU, o prédio da Embaixada Brasileira em Porto Príncipe também ficou danificado, mas segundo o governo, não há vítimas entre os funcionários brasileiros.

Agência Brasil Agência Brasil
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