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TST manda trabalhadores dos Correios voltarem ao trabalho

8 out 2013 - 19h13
(atualizado às 20h59)
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O Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou nesta terça-feira o fim da greve dos Correios e o retorno ao trabalho na próxima quinta-feira. Apesar de ter decidido que a greve não foi abusiva, a Corte estabeleceu que os empregados devem compensar os dias parados em regime de duas horas diárias em até seis meses.

A greve dos Correios se arrasta desde o dia 17 de setembro. Os trabalhadores exigiam aumento real de 15% sobre os salários, reposição da inflação de 7,13%, aumento linear de R$ 200, reposição de 20% de perdas salariais e jornada de seis horas diárias para os atendentes. Contudo, a proposta dos Correios era de reajuste de 8%, reposição salarial de 6,27%, ganho real de 1,7%, vale-extra de R$ 650,65 e vale-cultura, no valor de R$ 50.

A Seção Especializada em Dissídios Coletivos do TST entendeu que a proposta da empresa atendia em parte as reivindicações e acolheu o argumento de que o reajuste pedido pela categoria teria um impacto de R$ 31,4 bilhões por ano. O TST também decidiu pela manutenção do plano de saúde dos trabalhadores tal como está. Os empregados alegavam que os Correios estariam tentando repassar a administração da carteira para uma empresa privada. De acordo com a decisão, qualquer alteração só poderá ser feita com aprovação de uma comissão de trabalhadores e dos Correios.

O diretor da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect), James Magalhães, considerou que o resultado do julgamento foi positivo para os empregados. "Nos outros anos, o TST mandava voltar ao trabalho no dia seguinte, não dando tempo de discussão em assembleia e nem de quem é de outros Estados voltarem", comentou.

Segundo o diretor, os trabalhadores esperavam que o TST concedesse um abono pelos dias parados, mas a decisão de compensar o tempo paralisado em duas horas por dia não foi considerada uma perda. "Não vai haver pressão de trabalhar sábado, fim de semana. No geral foi positivo, a questão da manutenção do plano de saúde. A luta da categoria é importante. Nada se consegue de graça, só na luta", acrescentou o dirigente trabalhista.

Fonte: Terra
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