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Trânsito

Zonas sul, leste e norte de SP têm mais mortes de ciclistas

17 mar 2013 - 09h33
(atualizado às 09h33)
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David Santos Souza teve o braço amputado ao ser atingido por um Honda Fit em alta velocidade na ciclofaixa da avenida Paulista
Foto: Fabio Condutta / Terra

Um levantamento da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) apontou que a maior parte dos 52 ciclistas que morreram no ano passado nas ruas de São Paulo não estava a lazer: usava a bicicleta para ir trabalhar ou estudar. O número exato, contudo, não foi divulgado. Entre as vítimas, 12 eram estudantes e 15 tinham até 19 anos. As zonas sul, leste e norte foram as que tiveram mais mortes, mas foram registradas ocorrências por toda a capital. Na semana passada, David Santos Sousa, 21 anos, pedalava rumo ao trabalho, na zona oeste de São Paulo, quando foi atropelado na avenida Paulista, perdendo um braço. O motorista fugiu sem prestar socorro. O caso reacendeu a discussão sobre quem usa bicicleta como meio de transporte. As informações foram publicadas no jornal O Estado de S. Paulo.

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De Thor a braço amputado: veja acidentes graves com ciclistas

De acordo com as estatísticas da CET, os domingos foram os dias da semana em que mais houve mortes de ciclistas em São Paulo no ano passado: foram 11 casos. As terças e quartas-feiras vieram em seguida, com nove ocorrências cada. A noite é o período em que mais mortes aconteceram: 18. Em seguida, vieram manhã (14 pessoas mortas) e tarde (13). Entre as profissões das pessoas que perderam a vida estão administrador, autônomo, pedreiro e ajudante. Vítimas com mais de 40 anos somaram 25 casos, quase a metade do total registrado.

O acidente

David ia de bicicleta para o trabalho na madrugada de domingo quando foi atropelado por Alex e teve parte de seu braço amputado. Após o acidente, o universitário fugiu do local sem prestar socorro à vítima, com o braço do limpador de vidros dentro de seu carro. Ele ainda jogou o membro em um córrego próximo à avenida Doutor Ricardo Jafet. 

Depois de se entregar à polícia, o estudante se negou a fazer exame de bafômetro, de sangue e urina, e só realizou o exame clínico no Instituto Médico Legal (IML) às 11h21, mais de cinco horas depois do acidente. Testemunhas disseram que Alex apresentava sinais de embriaguez, e que ele dirigia em alta velocidade pela avenida Paulista, cortando os outros veículos, antes de atropelar David. 

No exame, já entregue à polícia, a médica afirma que o atropelador apresentava sinais de embriaguez, mas negou que Alex estivesse embriagado. A comanda deixada por Alex na casa noturna Josephine, no Itaim Bibi, onde o jovem esteve na noite do acidente, mostra que ele consumiu três doses de vodca e um energético.

Fonte: Terra
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