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Velório de Zilda Arns altera trânsito de Curitiba

15 jan 2010 - 10h17
(atualizado às 11h17)
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Um esquema especial de trânsito está montado nas proximidades do Palácio das Araucárias, sede do governo do Paraná em Curitiba, onde ocorrerá o velório do corpo da médica e sanitarista Zilda Arns, fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, que morreu durante o terremoto no Haiti, na última terça-feira.

Militares colocam em carro do IML o caixão de Zilda Arns
Militares colocam em carro do IML o caixão de Zilda Arns
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Agentes da Diretoria de Trânsito (Diretran), da Urbanização de Curitiba S.A (Urbs) e do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) controlam o movimento no local. A previsão é de que o velório comece por volta das 11h.

O corpo da médica, que chegou nesta manhã no Aeroporto Internacional de Curitiba, será levado diretamente ao palácio. De acordo com a assessoria da Pastoral, o corpo será transportado até o local do velório num carro do Corpo de Bombeiros. No mesmo avião da Força Aérea Brasileira (FAB) estava a religiosa Rosangela Maria Altoé, que acompanhava Zilda Arns na viagem ao Haiti.

Além das autoridades que já estão em Curitiba, vários ônibus estão chegando com caravanas de voluntários vindas do interior e de outros Estados para prestar a última homenagem a Zilda Arns.

O arcebispo emérito de São Paulo e irmão de Zilda Arns, cardeal d. Paulo Evaristo Arns, não pode comparecer por motivos de saúde, mas escreveu uma mensagem afirmando que não é hora de perder a esperança. "Ela morreu de uma maneira muito bonita, morreu na causa que sempre acreditou", afirmou.

A médica estava no Haiti participando da Conferência dos Religiosos e também para motivar os líderes e voluntários da Pastoral da Criança daquele país.

Terremoto

Um terremoto de magnitude 7 na escala Richter atingiu o Haiti nessa terça-feira, às 16h53 no horário local (19h53 em Brasília). Com epicentro a 15 km da capital, Porto Príncipe, segundo o Serviço Geológico Norte-Americano, o terremoto é considerado pelo órgão o mais forte a atingir o país nos últimos 200 anos.

Dezenas de prédios da capital caíram e deixaram moradores sob escombros. Importantes edificações foram atingidas, como prédios das Nações Unidas e do governo do país. No entanto, devido à precariedade dos serviços básicos do país, ainda não há estimativas sobre o número de vítimas fatais nem de feridos. O Haiti é o país mais pobre do continente americano.

Morte de brasileiros

A fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Zilda Arns, e militares brasileiros da missão de paz da ONU morreram durante o terremoto no Haiti.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, e comandantes do Exército chegaram na noite de quarta-feira à base brasileira no país para liderar os trabalhos do contingente militar brasileiro no Haiti. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil anunciou que o país enviará até US$ 15 milhões para ajudar a reconstruir o país. Além dos recursos financeiros, o Brasil doará 28 t de alimentos e água para a população do país. A Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizou oito aeronaves de transporte para ajudar as vítimas.

O Brasil no Haiti

O Brasil chefia a missão de paz da ONU no país (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, ou Minustah, na sigla em francês), que conta com cerca de 7 mil integrantes. Segundo o Ministério da Defesa, 1.266 militares brasileiros servem na força. Ao todo, são 1.310 brasileiros no Haiti.

A missão de paz foi criada em 2004, depois que o então presidente Jean-Bertrand Aristide foi deposto durante uma rebelião. Além do prédio da ONU, o prédio da Embaixada Brasileira em Porto Príncipe também ficou danificado, mas segundo o governo, não há vítimas entre os funcionários brasileiros.

Agência Brasil Agência Brasil
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