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Trânsito

União aguarda dados da PRF para decidir ações contra caminhoneiros

1 jul 2013 - 18h03
(atualizado às 18h11)
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<p>Motoristas parados em congestionamento em função de protestos em Minas Gerais</p>
Motoristas parados em congestionamento em função de protestos em Minas Gerais
Foto: Ney Rubens / Especial para Terra

A Advocacia-Geral da União (AGU) informou na tarde desta segunda-feira que vai esperar informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) sobre os bloqueios feitos por caminhoneiros hoje para tomar as providências judiciais cabíveis. Ontem, a Justiça Federal no Rio de Janeiro deu liminar proibindo a paralisação do tráfego nas rodovias federais.

Protesto contra aumento das passagens toma as ruas do País; veja fotos

Mesmo com a decisão, que prevê intervenção policial e multa de R$ 10 mil por hora, foram registrados bloqueios em estradas que interligam o interior e o litoral de São Paulo, além de trechos em Minas Gerais e no Espírito Santo.

A decisão judicial destaca que há diferença entre as paralisações dos caminhoneiros e os protestos por melhorias no serviço público que tomaram o País nas últimas semanas. "Vemos um pleito específico da categoria dos caminhoneiros, empresas e cooperativas de transporte e demais serviços relacionados ao setor, com pauta e reivindicações próprias, algo que já aconteceu inúmeras vezes no Brasil e que não está - a não ser temporalmente - ligado aos movimentos populares recentes no País", disse.

A decisão ainda aponta a necessidade de garantir a liberdade de locomoção, evitar "prejuízos irreversíveis para a liberdade econômica" e garantir a segurança dos caminhoneiros e dos usuários das rodovias.

Protestos criticam a Copa e pedem melhores condições de vida pelo País

 

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

O grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Agência Brasil Agência Brasil
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