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Trânsito

Protestos no interior de SP bloqueiam Via Dutra por três horas

25 jun 2013 - 19h27
(atualizado em 26/6/2013 às 21h10)
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Manifestantes bloquearam a via Dutra, na altura de São José dos Campos
Manifestantes bloquearam a via Dutra, na altura de São José dos Campos
Foto: Cristian Martins / vc repórter

Manifestantes bloquearam na noite desta terça-feira a pista expressa da rodovia Presidente Dutra, nos dois sentidos, em São José dos Campos, e em Taubaté, no interior de São Paulo. Segundo a concessionária CCR Nova Dutra, que administra a via, o bloqueio ocorria na altura do quilômetro 146, em São José dos Campos, e no quilômetro 110, em Taubaté, por volta das 19h20. 

Principal ligação entre São Paulo e o Rio de Janeiro, a Via Dutra registrava cinco quilômetros de congestionamento na pista em ambos os sentidos, por volta das 22h10, quando foi liberada três horas depois da interrupção do trânsito na via. O tráfego foi desviado para a pista marginal nos quilômetros 152 (sentido Rio) e 147 (sentido São Paulo).

Segundo as autoridades, o grupo se reuniu em uma praça da cidade de São José para protestar contra as tarifas do transporte público e, apesar da chuva, decidiu ir até a Via Dutra.

De acordo com a CCR Nova Dutra, a polícia agiu para que os manifestantes deixassem a pista, mas não houve conflito.

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Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

O grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Com informações da Agência EFE

Colaborou com esta notícia o internauta Cristian Martins, de São José dos Campos (SP), que participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

Fonte: Terra
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