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Trânsito

RS: após determinação da Justiça, ônibus voltam a circular na capital

Os ônibus da Carris e da Nortran - Consórcio Norte - voltaram a operar normalmente às 17h30

18 jul 2013 - 18h31
(atualizado às 18h36)
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Funcionários da Carris protestam em frente à garagem da empresa de ônibus em Porto Alegre nesta quinta-feira
Funcionários da Carris protestam em frente à garagem da empresa de ônibus em Porto Alegre nesta quinta-feira
Foto: Itamar Aguiar / Futura Press

Os ônibus da Carris, maior empresa de coletivos de Porto Alegre (RS), e da Nortran - Consórcio Norte -, voltaram a circular na tarde desta quinta-feira após paralisação parcial dos serviços. Por volta das 17h30, os veículos começavam a operar normalmente. A decisão veio após determinação do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4), que reuniu o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Coletivos e Seletivos Urbanos de Passageiros de Porto Alegre e as empresas Carris e Nortran.

Além de ordenar a volta dos serviços de ônibus, a desembargadora Rosane Serafini Casa Nova também alertou para os prejuízos da população da capital em ações tomadas sem qualquer aviso. “Desde o Dia Nacional de Lutas, a população já está enfrentando essa dificuldade de se dirigir a seus compromissos, seja para trabalho, questões de saúde, e hoje, novamente, pegos de surpreso, foram impedidos em função desta paralisação dos ônibus da Carris e Nortran. Assim, estamos tentando acertar, através dessas negociações, para que isso não acontece mais”, afirmou.

Discordâncias entre sindicato e rodoviários provocaram a paralisação parcial. A magistrada disse ter notado o desentendimento interno entre as lideranças sindicalistas e declarou a nulidade do processo eleitoral das eleições do sindicato dos trabalhadores. Com isso, fica determinada outra eleição, sob a coordenação de nova comissão eleitoral. “Isso precisa ser resolvido. O sindicato precisa ter legitimidade e isso vai acontecer com nova eleição”, explicou a desembargadora, acrescentando que não existe data definida para o novo pleito, pois a decisão permite recurso.

Sobre a forma como foi conduzida a paralisação, a desembargadora afirmou que “é ilegal, pois não houve aviso 72 horas antes para a população se preparar”. “Assim, o que houve hoje, não entendemos como greve”, disse ela. 

A paralisação, a quarta deste ano, afetou cerca de 40 linhas ônibus, com uma redução de 146 veículos da Nortran e 311 da Carris na frota circulante, de acordo com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). A Carris opera, além de linhas que ligam bairros da zona leste da capital ao centro, as transversais. A Nortran atende a zona norte até o centro da cidade.

Registro na polícia e Justiça acionada 

Devido ao protesto, a EPTC registrou ocorrência na polícia, por desrespeito à legislação municipal, e também acionou o Ministério Público do Trabalho para garantir o serviço à população. “Essa disputa interna da categoria dos rodoviários deveria se restringir no âmbito judicial, jamais afetando a população. Transporte Público é serviço essencial e deve ser respeitado sempre”, afirmou Vanderlei Cappellari, diretor-presidente da EPTC.

Fonte: Terra
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