Rio: motoristas sofrem com dupla função e carga horária excessiva
Condutores dizem que as discussões no trânsito fazem parte do dia a dia deles, que afirmam enfrentar grande estresse por conta de más condições de trabalho
Não se sabe ao certo as circunstâncias ou os motivos que teriam levado um dos passageiros a agredir o motorista da linha 328, que acabou despencando de um viaduto na terça-feira, matando sete pessoas. Motoristas de ônibus, entretanto, dizem que as discussões no trânsito fazem parte do dia a dia deles, que afirmam enfrentar grande estresse por conta de más condições de trabalho.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários, José Carlos Sacramento, critica a carga horária excessiva e a dupla função de motorista e cobrador do coletivo. Ele classifica como "covardia", uma vez que apesar de acumular uma função a mais, o salário permanece o mesmo.
"Em determinadas linhas de micro-onibus eles recebem R$ 1.055 pra cobrar e dirigir. Pela dupla função, não recebem nada, às vezes até menos que um motorista profissional", diz. "Se você pegar um celular e dirigir, o guarda te multa. Já o motorista, cobra e dirige e não acontece nada", questiona.
Um motorista, identificado apenas como Lima, da autoviação Alpha, está há 10 anos na profissão e diz que as brigas são comuns. "Briga é comum. O passageiro vêm estressado por qualquer motivo, chega no ônibus e descarrega em você. Se você também levantar o tom de voz, acaba agredido. Já aconteceu comigo muitas vezes nestes 10 anos", afirma.
Além da dupla função, que é "mais uma preocupação", Lima tem outras reclamações. Ele denuncia metas indevidas, carga horária excessiva e péssimas condições de trabalho. "Você demora por causa de um engarrafamento e, no ponto final, o fiscal vai mandar você dobrar. Se você não concordar, eles às vezes te dão uma falta, não pagam hora extra", afirma.
De acordo com o motorista, metas "injustas" precisam ser cumpridas e às vezes a jornada de trabalho ultrapassa 16 horas diárias. "A empresa não considera como passageiro quem entra com gratuidade. Aí, tem uma meta de 300 a 400 passageiros. Mas se você pegar 200 com gratuidade, terá que compensar no dia seguinte. No dia seguinte, se não cumprir a meta, vão dar um jeito de te punir. Impedem você de trabalhar, mudam o seu horário", denuncia.
Outro motorista, que se identificou apenas como Coelho, reclama de más condições de trabalho. Ele diz que não há água nem banheiro no ponto final dos ônibus e afirma que, para cumprir os horários, tem que se alimentar de salgadinhos. "Ou então jeito é ficar com fome, porque não tem tempo para almoçar", revela.
3 de abril O ônibus que caiu de um viaduto no Rio de Janeiro passa por análise da perícia
Foto: Mauro Pimentel / Terra
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Foto: Mauro Pimentel / Terra
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Foto: Mauro Pimentel / Terra
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Foto: Mauro Pimentel / Terra
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Foto: Mauro Pimentel / Terra
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Foto: Mauro Pimentel / Terra
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Foto: Mauro Pimentel / Terra
3 de abril O ônibus que caiu de um viaduto no Rio de Janeiro passa por análise da perícia
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Foto: Mauro Pimentel / Terra
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Foto: Mauro Pimentel / Terra
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Foto: Mauro Pimentel / Terra
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Foto: Mauro Pimentel / Terra
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Foto: Mauro Pimentel / Terra
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Foto: Mauro Pimentel / Terra
3 de abril Parentes de vítimas do acidente foram até o IML para reconhecer os corpos nesta quarta
Foto: Mauro Pimentel / Terra
3 de abril Prima de Francisco Batista de Souza, uma das vítimas do acidente, aguarda a liberação do corpo
Foto: Mauro Pimentel / Terra
3 de abril Namorada de uma das vítimas ainda bastante abalada
Foto: Mauro Pimentel / Terra
3 de abril Francilene dos Santos visita o marido, o motorista André Luiz da Silva Oliveira, no Hospital Getúlio Vargas
Foto: Daniel Ramalho / Terra
3 de abril A esposa do motorista do ônibus disse que ele está confuso e não se lembra dela ou da filha
Foto: Daniel Ramalho / Terra
3 de abril A filha de Luís Antônio do Amaral mostra a carteira de identidade do pai, que morreu no acidente
Foto: Marcus Vinicius Pinto / Terra
3 de abril O ônibus que caiu do viaduto está no pátio da delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis, no Rio
Foto: Marcus Vinicius Pinto / Terra
2 de abril Ônibus despencou de viaduto de acesso à Ilha do Governador, na avenida Brasil
Foto: Mauro Pimentel / Terra
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Foto: Mauro Pimentel / Terra
2 de abril Ônibus despencou de viaduto de acesso à Ilha do Governador, na avenida Brasil
Foto: Mauro Pimentel / Terra
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2 de abril Ônibus derrubou mureta de proteção de viaduto e caiu sobre avenida Brasil
Foto: Mauro Pimentel / Terra
2 de abril Veículo ainda não havia sido removido da pista no início da noite
Foto: Mauro Pimentel / Terra
2 de abril Secretaria Municipal de Transportes informou que o ônibus estava com a manutenção em dia
Foto: Fábio Teixeira / Futura Press
2 de abril Segundo relato de passageiro, ônibus trafegava em alta velocidade
Foto: Luiz Roberto Lima / Futura Press
2 de abril Bombeiros trabalham no resgate às vítimas de acidente
Foto: Fábio Teixeira / Futura Press
2 de abril Escavadeira ajuda nos trabalhos de remoção do ônibus que caiu de viaduto sobre avenida Brasil
Foto: Bruno de Lima / FramePhoto
2 de abril Equipe de resgate cobre corpos de vítimas com lona pouco após o acidente
Foto: Bruno de Lima / FramePhoto
2 de abril Bombeiros embarcam vítima de acidente em helicóptero
Foto: Bruno de Lima / FramePhoto
2 de abril Dois helicópteros e cinco viaturas do Corpo de Bombeiros foram acionados para socorrer as vítimas
Foto: Centro de Operações / Reprodução
2 de abril Faixa da avenida Brasil foi interditada para o socorro às vítimas
Foto: Centro de Operações / Reprodução
2 de abril Ônibus caiu de viaduto de acesso à Ilha do Governador