PUBLICIDADE

Trânsito

Protestos interditam três rodovias federais na BA

1 jul 2013 - 14h31
(atualizado às 14h40)
Compartilhar
Exibir comentários

Protestos em quatro cidades do interior da Bahia deixaram três rodovias federais que cortam o Estado interditadas desde a manhã desta segunda-feira. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a BR-242 e a BR-116 foram bloqueadas por volta das 10h e, até às 14h20, seguiam bloqueadas. Na BR-020, um protesto bloqueou a via por cerca de duas horas. 

A BR-242 foi bloqueada em dois pontos, na altura do quilômetro 805, no município de Barreiras, e no quilômetro 635, em Muquém do São Francisco. De acordo com a PRF, a pista foi interditada nos dois sentidos. Os manifestantes pedem melhorias na educação e saúde, combate à corrupção, entre outras demandas, de acordo com a polícia. Até às 14h20, não havia registros de confrontos e tumulto. 

Na BR-116, a pista também foi bloqueada em ambos os sentidos, na altura do quilômetro 910, na cidade de Vitória da Conquista. Segundo a PRF, caminhoneiros interromperam o trânsito, para solicitar melhorias para a categoria, como redução no valor de pedágios, reajuste no preço do frete e diminuição do preço do diesel. De acordo com a polícia, a manifestação é pacífica. 

A BR-020 registrou o protesto de menor duração nesta segunda-feira. De acordo com a PRF, a via foi bloqueada por manifestantes por volta das 12h e foi liberada às 13h45. 

A Polícia Rodoviária Federal afirmou que tenta negociar com os manifestantes a liberação das vias bloqueadas. A expectativa é que as estradas sejam desocupadas em instantes. 

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

<a data-cke-saved-href="http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/tarifas-de-onibus/iframe.htm" href="http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/tarifas-de-onibus/iframe.htm">veja o infográfico</a>
Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade