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Trânsito

Protestos em 16 cidades bloqueiam 10 rodovias federais no RS

2 jul 2013 - 21h15
(atualizado às 21h23)
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Protestos em 16 cidades deixaram 10 rodovias federais interditadas no Rio Grande do Sul, nesta terça-feira. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, manifestantes interditaram vias usando pneus queimados, e veículos foram apedrejados em alguns pontos. 

A BR-101 foi bloqueada na altura da cidade de Três Cachoeiras, no quilômetro 22, às 11h30, por causa de uma manifestação de caminhoneiros. Segundo a PRF, a via ficou interditada nos dois sentidos por 20 minutos, depois que manifestantes queimaram pneus na pista. O Corpo de Bombeiros foi chamado.

Ainda de acordo com a PRF, por volta das 13h, havia denúncias de que manifestantes estariam apedrejando caminhões que passavam pela região, ordenando que parassem o veículo. Das 15h40 até 15h53, no sentido decrescente a pista foi totalmente bloqueada. 

Caminhoneiros bloqueiam diversos pontos da BR-392

A BR-392 foi bloqueada na altura do quilômetro 62, na cidade de Pelotas, às 20h desta terça-feira. Manifestantes interromperam o trânsito na via queimando pneus. Apenas a passagem de carros de passeio e ônibus. De acordo com a PRF, a pista seguia interditada até as 20h40.

Na mesma via, no quilômetro 66, o trânsito continuava bloqueado até as 19h de hoje, depois de ser bloqueado às 23h35 de segunda-feira. Segundo a PRF, cerca de 50 manifestantes interromperam a via nos dois sentidos e permitem apenas a passagem de ônibus e carros de passeio. Veículos foram apedrejados em todo o trecho, segundo a Polícia Rodoviária Federal. A situação não havia mudado até as 20h40.

Também na BR-392, caminhoneiros fecharam a circulação de caminhões na altura do quilômetro 298, no município de São Sepé, às 10h50. Segundo a PRF, 50 manifestantes fecharam a via. Carros e ônibus tinham a passagem liberada. A pista foi liberada às 15h35. 

No quilômetro 76 da BR-392, ainda em Pelotas, caminhoneiros interditaram o trânsito a partir das 16h15 desta terça-feira. A situação não havia mudado até as 20h40. 

Em outro ponto da BR-392, o trânsito também foi bloqueado no município de Canguçu, no quilômetro 118, na segunda-feira. Segundo a PRF, a via está completamente bloqueada , com pneus queimados. A partir das 11h desta terça-feira, carros e ônibus tiveram a passagem liberada. Até as 20h40, a via ainda era ocupada. 

Caminhoneiros bloquearam o tráfego também na BR-472, na altura do quilômetro 165, às 7h20. Cerca de 60 manifestantes não deixam veículos de carga passarem do bloqueio e o trânsito é normal para os demais veículos. Pneus foram queimados, mas o Corpo de Bombeiros foi chamado e apagou os focos de incêndio. Até as 20h40, a pista ainda não havia sido liberada. 

Manifestantes também interromperam o trânsito na altura do quilômetro 529 da BR-116, em Capão do Leão, nesta terça-feira, às 7h. A pista foi bloqueada nos dois sentidos com pneus queimados, e somente carros de passeio e ônibus passavam pelo local. A PRF registrou apedrejamentos no local. Até as 20h40, o trânsito ainda não havia sido liberado. 

Caminhoneiros fazem bloqueio na BR-116

Na cidade de Cristal, cerca de 200 manifestantes tomaram a BR-116, na altura do quilômetro 426, e colocaram fogo em pneus sobre a pista, impedindo totalmente a passagem de veículos. A interdição começou às 18h30 e, segundo a PRF, foi encerrada às 20h. 

Na BR-116, manifestantes interromperam a pista no quilômetro 258, na cidade de Esteio. A PRF e os manifestantes entraram em acordo e cada sentido era liberado a cada 15 minutos. Segundo a polícia, o trânsito ficou conturbado na região, mas a situação foi normalizada às 17h30, com a liberação da via.

Outra manifestação, em Palmeira das Missões, interrompeu o trânsito para caminhões na altura do quilômetro 104 da BR-158, às 11h30. De acordo com a PRF, 30 manifestantes ocuparam a via, e só liberaram a passagem de carros e ônibus. O trânsito foi liberado totalmente às 17h55. 

Caminhoneiros também fecharam a BR-285, na altura do quilômetro 497, na cidade Ijuís. A pista ficou completamente bloqueada desde 11h45 e somente carros de passeio e ônibus passavam pelo local. A pista foi totalmente liberada às 18h10.

Também na BR-285, o trânsito foi bloqueado na altura do quilômetro 566, em São Luiz Gonzaga, às 14h15. Segundo a PRF, 50 manifestantes interromperam a circulação de veículos nos dois sentidos e permitiam apenas a passagem de carros de passeio e ônibus. Até as 20h40, a pista ainda era bloqueada. 

No quilômetro 671 da BR-285, na cidade de São Borja, foi fechado por caminhoneiros às 15h15 desta terça-feira. Somente veículos de passeio e ônibus passavam pelo local. O trânsito foi totalmente liberado no trecho às 16h20.

Em Tio Hugo, no quilômetro 213 da BR-386, 50 caminhoneiros ocuparam a pista por volta das 15h45. O trânsito ficou completamente bloqueado nos dois sentidos e somente a passagem de veículos de passeio e ônibus era permitida. A rodovia foi liberada às 16h50. 

Na cidade de Panambi, no quilômetro 160 da BR-158, cerca de 30 caminhoneiros fizeram um bloqueio na pista às 15h40. A passagem de veículos de carga foi proibida. O trânsito foi totalmente liberado às 18h10. 

Também na BR-158, na cidade de Cruz Alta, no quilômetro 193, caminhoneiros também fecharam totalmente a via, às 15h45. Somente carros de passeio e ônibus tiveram passagem liberada. Até as 20h40, o trânsito ainda não havia sido totalmente liberado

Também houve protesto no quilômetro 0 da BR-468, na cidade de Palmeira das Missões. Segundo a PRF, por volta das 16h30, 30 manifestantes ocuparam a via e interditaram a pista nos dois sentidos. Às 18h10 os manifestantes bloquearam a passagem para todos os veículos.  Às 18h50 liberaram para veículos de passeio, motos e ônibus. Às 20h40, os manifestantes ainda interditavam a rodovia.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

<a data-cke-saved-href="http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/tarifas-de-onibus/iframe.htm" href="http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/tarifas-de-onibus/iframe.htm">veja o infográfico</a>
Fonte: Terra
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