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Professores da rede estadual decidem manter greve em SP

Por conta da manifestação, o trânsito da avenida Paulista ficou fechado das 15h30 até as 17h20 no sentido Consolação

3 mai 2013 - 16h47
(atualizado às 21h35)
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Os professores da rede estadual de ensino de São Paulo decidiram em assembleia, nesta sexta-feira, manter a paralisação da categoria, que já dura duas semanas. Os professores se reuniram no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e a Polícia Militar de São Paulo calculou a presença de 6 mil pessoas durante o protesto. Inicialmente, a PM falou em 4 mil participantes, mas depois atualizou o número. O sindicato da categoria (Apeoesp) informou que havia a presença de 10 mil pessoas. Uma nova assembleia foi marcada para a próxima sexta-feira, no mesmo local.

Por conta da manifestação, o trânsito da avenida Paulista ficou fechado das 15h30 até as 17h20 no sentido Consolação. Os professores saíram em passeata até a secretaria de Gestão, no centro da capital paulista, e a previsão é a de que o ato se encerre em frente à secretaria estadual de Educação, na Praça da República, também na região central da cidade.

Entre as reivindicações está o reajuste salarial de 36,74% e complementação do aumento referente a 2012, de 10,2%, além do cumprimento de no mínimo 33% da jornada para atividades extraclasse, como determina a Lei do Piso, e mudanças na forma de contratação dos docentes temporários. 

O governo, porém, entende que já respeita a jornada e ressalta que o salário de São Paulo é superior ao que determina a lei. A mobilização aconteceu poucos dias após o governador confirmar o aumento no reajuste previsto para julho de 6% para 8,1%. Assim, o salário inicial de um professor de educação básica que leciona para classes de anos finais do ensino fundamental e do ensino médio, com jornada de 40 horas semanais, que é de R$ 2.088,27, passará para R$ 2.257,84 a partir de 1º de julho. 

De acordo com Maria Izabel Noronha, presidente da Apeoesp, a decisão por se manter a greve se deu porque da semana passada para cá não houve qualquer avanço nas negociações. "As negociações não avançaram. Na semana passada, o secretário de educação (Herman Jacobus Voorwald) não acenou com nada. Não houve uma rede de negociação na última semana. As informações que temos vêm da imprensa", disse a presidente.

Ela disse ainda que não há como unificar a luta dos professores da rede estadual com os da rede municipal da capital paulista, que decidiram entrar em greve nesta sexta-feira. "A luta dos servidores da rede municipal não tem nada a ver com a nossa. Eles terão a nossa solidariedade, mas não tem como unificar se do governo do Estado eu estou ganhando 30% a menos do que o município. Estou lutando para ter uma recomposição salarial enquanto eles têm 12 % e mais 13% no ano que vem", disse ela.

<a data-cke-saved-href="http://noticias.terra.com.br/educacao/infograficos/quanto-ganha-um-professor-no-brasil/iframe.htm" href="http://noticias.terra.com.br/educacao/infograficos/quanto-ganha-um-professor-no-brasil/iframe.htm">veja o infográfico</a>
Fonte: Terra
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