Após dois dias de paralisação, o Sindicato dos Motoristas e Cobradores da região metropolitana de Florianópolis (Sintraturb) recuou e voltou ao trabalho na manhã desta quarta-feira. Em assembleia realizada em uma tenda montada na região central da capital catarinense, a categoria decidiu retomar as atividades, mas manteve o estado de greve.
Os trabalhadores tomaram a decisão para fugir de uma possível definição do reajuste salarial por parte da Justiça do Trabalho. Um dissídio coletivo está marcado para quinta-feira, e os líderes do sindicato acreditam que a Justiça poderia definir um valor inferior ao proposto pelo Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis.
Com a decisão, os ônibus voltaram a circular por volta das 5h desta quarta em horários normais. A greve iniciada na segunda-feira afetou diariamente cerca de 450 mil usuários da região metropolitana. Tanto o sindicato dos trabalhadores como o dos empresários foi multado em R$ 100 mil por cada dia em que o serviço deixou de funcionar.
Os trabalhadores decidiram paralisar as atividades na noite de domingo e não têm previsão de retorno
Foto: Fabrício Escandiuzzi / Especial para Terra
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou que 100% da frota circulasse pela manhã, mas a medida não foi cumprida
Foto: Fabrício Escandiuzzi / Especial para Terra
O prefeito de Florianópolis, César Souza Júnior, rechaçou qualquer possibilidade de reajuste da tarifa (que hoje custa R$ 2,90), conforme vem sendo solicitado pelas empresas de transporte
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Na madrugada desta segunda-feira, os ônibus foram recolhidos às garagens das empresas e os terminais de integração foram fechados
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A greve já era esperada em Florianópolis, e o reflexo na manhã desta segunda-feira foi visto nos terminais, que não tinham movimento de passageiros
Foto: Fabrício Escandiuzzi / Especial para Terra
A prefeitura criou um esquema de transporte alternativo com cerca de 200 vans e micro-ônibus escolares cadastradas para atender aos usuários