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Trânsito

'Motorista puxou o freio de mão, mas o ônibus não parou', diz sobrevivente

22 out 2012 - 21h33
(atualizado em 23/10/2012 às 07h58)
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Cirilo Junior
Direto do Rio de Janeiro

O relato de uma das testemunhas que sobreviveram ao acidente do ônibus da 1001, na estrada Rio-Teresópolis, na região serrana do Rio, aponta que o veículo teve problemas no freio na descida da serra. O desastre matou ao menos 11 pessoas. Cerca de 20 feridos foram internados em hospitais da região.

Edson Turques acompanha o irmão, de 14 anos, no hospital
Edson Turques acompanha o irmão, de 14 anos, no hospital
Foto: Daniel Ramalho / Terra

Parte das vítimas foi levada para o Hospital das Clínicas, em Teresópolis. Um dos internados é o estudante Emerson Turques, 14 anos, que sofreu escoriações pelo corpo, mas ainda não terá alta. Ele contou ao irmão, Edson Turques, 22 anos, que o motorista chegou a puxar o freio de mão na tentativa de conter o ônibus que descia desgovernado.

"Todos no ônibus sentiram um cheiro de borracha queimada muito forte, do freio. Todos perceberam que o ônibus estava desgovernado", afirmou Edson, na porta do hospital.

Boa parte da família de Edson viajava no veículo da 1001. Além do irmão, estavam o pai, a mãe e a avó dele. O pai de Edson, Edes Moraes da Silva, também é motorista e, pressentindo o perigo, puxou a família para a parte de trás do ônibus. Todos viajavam nos primeiros bancos. "Meu irmão sempre compra nos lugares da frente. Falei para ele não ir na primeira fila", contou.

Ainda de acordo com o relato feito pelo irmão de Edson, o coletivo vinha normalmente de Itaperuna, no norte fluminense, quando começou a fazer um barulho estranho na descida da Rio-Teresópolis. Foi a senha para começar o desespero no ônibus, que chegou a invadir a contramão e atingir dois carros.

"Meu pai viu o motorista puxando o freio de mão, mas não foi suficiente para o ônibus parar. As pessoas viram que o acidente era iminente", observou Edson, reproduzindo o relato do irmão.

Fonte: Terra
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