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Polícia

RS: ciclista atropelado tem confusão mental e volta ao hospital

3 mar 2011 - 23h17
(atualizado em 4/3/2011 às 00h00)
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O ciclista Ricardo Mattes Ambus, 23 anos, um dos mais feridos no atropelamento em massa ocorrido em 25 de fevereiro último na Cidade Baixa, em Porto Alegre, voltou a ser internado nesta quinta-feira. No dia do crime, ele bateu a cabeça e quebrou o braço. Hoje pela manhã, Ricardo procurou o Hospital de Pronto Socorro (HPS) após sentir dores, tontura e confusão mental.

Os médicos disseram que Ricardo está com hematoma intracraniano (acumulação de sangue entre o cérebro e o crânio, causado por traumatismo). Ele segue em observação na enfermaria de face do HPS.

Entenda o caso
Por volta das 19h da última sexta-feira, o movimento Massa Crítica promovia um passeio ciclístico a favor do uso das bicicletas no tráfego urbano. Durante a manifestação, que reuniu mais de 100 pessoas, Ricardo Neis, 47 anos, funcionário do Banco Central, que dirigia um Golf preto, acelerou e atingiu os ciclistas que bloqueavam a rua José do Patrocínio na esquina com a rua Luiz Afonso. Pelo menos 10 pessoas ficaram feridas.

Em depoimento à Polícia Civil concedido na segunda-feira, Neis alegou legítima defesa, relatando que os manifestantes agiram com violência contra seu carro. De acordo com o delegado, as vítimas foram impedidas de se defenderem, uma vez que o motorista avançou com seu carro enquanto os ciclistas estavam de costas.

Nesta quarta-feira, a Polícia Civil prendeu Neis, cumprindo o mandado de prisão expedido pela 1ª Vara do Tribunal do Júri. A captura se deu no Hospital Parque Belém, na zona sul da cidade, onde ele está internado.

Neis deve ser levado à Delegacia de Delitos de Trânsito assim que receber alta médica, o que não há previsão de ocorrer. Ele teria se internado na ala psiquiátrica da instituição por estresse pós-trauma. Segundo o delegado Rodrigo Garcia, o médico que o atendeu decidiu mantê-lo em observação, pois entende que haveria o risco de suicídio. A polícia seguirá no local fazendo a custódia até sua liberação ou transferência para o Instituto de Psiquiatria Forense. O advogado de Neis disse que a internação era necessária para "garantir sua integridade física e psicológica".

Fonte: Terra
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