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Trânsito

‘Medida foi infeliz', diz caminhoneiro sobre restrição em Cubatão

Medida que restringe estacionamento de veículos de transporte de carga em Cubatão é apontada como motivo de lentidão nesta terça-feira

28 mai 2013 - 12h45
(atualizado às 13h08)
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Muitos caminhoneiros se surpreenderam com a fila de veículos que se forma desde a noite desta segunda-feira no Sistema Anchieta-Imigrantes, reflexo de um decreto sancionado pela prefeita de Cubatão (SP), Marcia Rosa, na última sexta-feira. Na decisão, os estabelecimentos destinados ao estacionamento de veículos de transporte de carga só podem funcionar das 8h às 18h na cidade, o que obrigou os caminhoneiros a passarem a noite parados na estrada. 

Para o caminhoneiro Julimar Norusca, 41 anos, a medida tomada pela cidade de Cubatão foi “infeliz”. “Com todo respeito à prefeita, eu até entendo que ela queira tirar os caminhões da cidade, mas essa medida foi infeliz. Oficializar essa mudança sem avisar ninguém ou colocar anúncios no Ecopátio. Eu mesmo fui pego de surpresa”, disse.

Com o caminhão carregado de soja, Julimar ficou mais de 11 horas parado na fila de entrada do pátio, principal ponto de descarga em Cubatão. “Eu vim de Rondonópolis (MT) e demorei 18 horas na viagem. Agora, estou aqui há 11 horas parado. Dá quase uma viagem de volta”, desabafou.

Para o caminhoneiro, a falta de aviso fez com que centenas de colegas ficassem parados na pista, sem condições de higiene e alimentação. “Eu fiquei sabendo dessa restrição pelo aviso luminoso da Ecovias (concessionária que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes) e não tive o que fazer. Ficamos aqui, sem banheiro, sem nada”, falou.

Para Norusca, a solução para o problema seria a criação de um pátio de triagem longe da cidade, para receber os caminhoneiros e acelerar o trabalho de descarga, evitando filas. “Na Bahia é assim. Existe um pátio de triagem que fica há cerca de 80 quilômetros do porto. Com esse trabalho, você perde menos tempo na fila, já faz o cadastro e se prepara para a descarga."

Apesar de já ter entrado no pátio, o caminhoneiro imagina que ainda terá o dia todo pela frente até que o seu caminhão, enfim, seja descarregado. “Ainda tem 47 caminhões na minha frente e só devo sair daqui no final do dia. O pior é que não temos nenhuma estrutura aqui, já que vive faltando água e os banheiros são péssimos”, disse.

Às 12h30, a rodovia Anchieta ainda registrava 14 quilômetros de lentidão no sentido litoral, entre o quilômetro 26 e o quilômetro 40, ainda no planalto. Na rodovia dos Imigrantes, os motoristas também enfrentavam lentidão no planalto, sentido litoral, entre os quilômetros 38 e 40. Os outros trechos, segundo a Ecovias, tinha o tráfego bom.

 

Fonte: Terra
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