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Lei das cadeirinhas: PRF vai fiscalizar estradas do Rio no feriadão

3 set 2010 - 04h34
(atualizado às 07h54)
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A fiscalização da Lei das Cadeirinhas, que entrou em vigor nessa quarta-feira, será intensificada a partir desta sexta-feira, véspera do Feriadão de Sete de Setembro, nas principais estradas do Rio de Janeiro. A partir das 14h, 800 agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) vão monitorar o cumprimento da Resolução 277 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Nessa quinta, segundo a Guarda Municipal do Rio, 40% dos motoristas abordados na cidade toda foram flagrados com alguma irregularidade quanto ao uso da cadeirinha.

Nessa sexta, ao menos em estradas federais, a desobediência vai pesar no bolso: o motorista flagrado transportando crianças de até 7 anos e meio sem cadeiras especiais ou assentos de elevação será punido com multa de R$ 191,54 e 7 pontos. O veículo ficará retido.

Também nesta sexta, o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) publicará no Diário Oficial da União alteração na norma, que deverá passar a permitir o uso das cadeirinhas no banco da frente dos carros fabricados antes de 1998. Nesses veículos, o cinto traseiro é de apenas duas pontas, incompatível com os equipamentos disponíveis. O Contran, órgão máximo que regula o trânsito do Brasil, avalia também a possibilidade de que a acomodação de crianças de 4 a 7 anos e meio seja no banco traseiro usando cinto abdominal, sem equipamentos.

O diretor do Denatran e presidente do Contran, Alfredo Peres da Silva, alega que não "não houve descuido" em relação ao assunto. "Na época em que a resolução foi elaborada, havia cadeirinhas para o cinto de segurança de dois pontos, mas a empresa deixou de fabricar. Por isso estamos fazendo esse ajuste para dar mais segurança às crianças", justificou.

A Guarda carioca e a PM têm feito operações, mas só educativas. As corporações passam a emitir multas semana que vem. Ontem, a PRF emitiu advertência sobre o cumprimento da regra aos motoristas nos painéis luminosos da Ponte Rio-Niterói, por onde deverão trafegar pelo menos 300 mil veículos até segunda-feira.

Carla Guimarães, 38, mãe de Rafael, 3, não será surpreendida por multas. "Já costumava utilizar a cadeirinha, mas agora terei ainda mais atenção", disse, após buscar o menino na escola, em Botafogo.

Sem acessório, pais preferem ir de táxi

Com a escassez de equipamentos, pais estão apelando para táxis, que, assim como vans escolares e ônibus, são isentos do uso de cadeirinhas, conforme a norma do Contran. De acordo com o taxista Antônio Luiz Peres de Souza, 47, o número de passageiros acompanhados por crianças subiu pelo menos 10% nos últimos dias.

Ana Maria Calvelo, 65, também tem utilizado táxis para levar a neta Mariana, que ontem completou 1 ano de idade, para passear. "Está difícil encontrar a bebê-conforto", reclamou. Grávida de oito meses de Luíza, Viviane Pereira Braz de Andrade, 26, mãe de Isabella, 3, também vai de táxi. "É fundamental o uso dos equipamentos, mas as lojas não têm!", lamenta.

Fonte: O Dia
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