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Trânsito

Cinco trechos de rodovias federais em MG seguem interditados

2 jul 2013 - 16h18
(atualizado às 16h25)
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Cinco trechos de rodovias federais que cortam Minas Gerais continuam bloqueados parcialmente, nesta tarde, por caminhoneiros que iniciaram na segunda-feira uma série de protestos pelo País. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Minas, há registro de protestos, com interrupção no tráfego de caminhões, em pontos da BR-381 e da BR-040.

O Estado foi o mais atingido pelas manifestações de ontem. Boletim divulgado na manhã desta terça pela PRF apontava interdições em estradas federais em sete Estados. Também foram registrados bloqueios em estradas de Rio Grande do Sul, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Paraná, onde há pouco a PRF contabilizou 13 quilômetros de fila formada por caminhões, na BR-277, na altura do município de Guarapuava. Um novo boletim com o panorama nacional dos protestos em rodovias federais será divulgado esta tarde.

São Paulo

Além dos protestos em estradas federais, ocorreram paralisações em outras vias. Em São Paulo, durou quase duas horas e meia o bloqueio na Marginal Pinheiros, no sentido rodovia Castello Branco, provocado por um protesto de caminhoneiros que começou às 7h.

Também pela manhã, após mais de 26 horas de bloqueio, a Tropa de Choque conseguiu retirar manifestantes que interditavam a rodovia Cônego Domênico Rangoni, na Baixada Santista. O grupo protestava contra a Lei 12.619/12 - que regulamenta a profissão de motorista - e a cobrança de tarifas para caminhões por eixos, mesmo quando passam pela praça de pedágio com os eixos suspensos. Eles também reivindicam redução de 50% na tarifa do pedágio durante a madrugada e a diminuição no preço do óleo diesel por meio de subsídios.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Agência Brasil Agência Brasil
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