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Trânsito

Caminhoneiros interditaram 22 rodovias federais nesta segunda, diz PRF

1 jul 2013 - 20h32
(atualizado às 20h40)
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De acordo com balanço mais recente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), caminhoneiros interditaram, parcialmente ou completamente, 22 rodovias federais em seis Estados nesta segunda-feira. Minas Gerais é o Estado mais afetado, com 12 rodovias interditadas. A BR-381, na cidade de Betim, foi interditada totalmente, nos dois sentidos.

Protesto contra aumento das passagens toma as ruas do País; veja fotos

A BR-392, no município de Santa Maria (RS), também sofre interrupção total do tráfego. Conforme a PRF, são 80 caminhoneiros que, desde as 15h, bloqueiam a pista. Além de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, com duas manifestações no total, caminhoneiros ocupam rodovias na Bahia (três), no Espírito Santo (quatro), em Mato Grosso (uma) e no Pará (uma). Com exceção das rodovias em Betim e Santa Maria, não há bloqueio total da pista.

A Advocacia-Geral da União (AGU) aguarda informações da PRF sobre as recentes manifestações de caminhoneiros para decidir sobre ações judiciais. Ontem, a Justiça Federal no Rio de Janeiro deu liminar proibindo a paralisação do tráfego nas rodovias federais.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

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Agência Brasil Agência Brasil
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