Salvador pagará até 3 salários a desabrigados, diz ACM Neto
No início da noite, Dilma ligou para o prefeito de Salvador e ofereceu ajuda federal por causa dos problemas causados pela chuva
Na tarde desta segunda-feira (27), o prefeito de Salvador, ACM Neto, anunciou que pretende ampliar o auxílio a vítimas de calamidade com o pagamento de benefício de três salários mínimos para casos graves. O anúncio vem logo após o temporal que caiu na capital baiana e deixou 11 mortos até a tarde desta segunda, de acordo com informações da Polícia Militar da Bahia.
As localidades mais afetadas pela chuva foram Barro Branco, no bairro San Martin, onde morreram sete pessoas, e Marotinho, no Bom Juá, com quatro vítimas, todas da mesma família. Entre as vítimas está Samuel Santos de Oliveira, de 12 anos. Os nomes dos demais mortos ainda não foram divulgados.
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Atualmente, a Prefeitura dispõe apenas do instrumento do auxílio-moradia no valor de R$300 por mês, mas só tem acesso ao benefício aquelas famílias que ficam desabrigadas. "Vamos estender esse benefício para dar suporte às famílias que tiverem perdas em função de calamidades como fortes chuvas, incêndios ou o rompimento de uma adutora, por exemplo. A água, às vezes, não danifica a casa, mas destrói todos os objetos dos moradores", afirma ACM Neto.
No início da noite, a presidente Dilma Rousseff ligou para o prefeito de Salvador e ofereceu ajuda federal por causa dos problemas ocasionados pela chuva. O ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, chega a Salvador na manhã desta terça-feira.
"Toda a ajuda é bem vinda. A Prefeitura está fazendo a sua parte, tem investido na manutenção, em prevenção e agora nas ações emergenciais, de forma ininterrupta e em regime de plantão. Aproveitei o telefonema para conversar sobre o nosso pedido feito ao ministro das Cidades, Gilberto Kassab, de assegurar recursos federais para fazermos obras de contenção nas 55 encostas mais críticas da cidade. Essa seria uma ajuda importante", revelou o prefeito.
Segundo ACM Neto, 600 encostas oferecem riscos à cidade. “Há 21 anos não chovia tanto como choveu hoje em Salvador. Foram mais de 240 mm. É o que choveu o mês inteiro de abril em 2014. Na San Martin, uma obra de contenção de encosta foi realizada há quase 20 anos, mas os imóveis que desabaram surgiram depois dessa intervenção. A ocupação irregular é um dos graves problemas de Salvador”, relatou o prefeito. O governador Rui Costa cancelou agenda no interior da Bahia e colocou a estrutura do estado a disposição da prefeitura.
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Em boletim divulgado pela Codesal, às 19h25, foram registradas 241 ocorrências, entre alagamentos, deslizamentos, desabamentos e quedas de árvores. Desde as primeiras horas da manhã, os soteropolitanos enfrentam problemas em toda a cidade por causa dos alagamentos. Veículos ficaram submersos em ruas e avenidas como a Luiz Viana Filho (Paralela) e Mário Leal Ferreira (Bonocô).
Parte das escolas municipais e estaduais suspenderam as aulas por causa do alagamento nas unidades de ensino. O Hospital Santo Antônio, que pertence à Obras Sociais Irmã Dulce, também teve as dependências alagadas pela chuva e pacientes precisaram ser transferidos para outras unidades de saúde.
A previsão é de que continue chovendo em Salvador até a próxima quarta-feira (29), de acordo com o Inmet. A Codesal registra o índice pluviométrico de 86 mm nas últimas dez horas.
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