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TCU investigará transferência de bens de Foster aos filhos

21 ago 2014 - 15h53
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O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nader, disse nesta quinta-feira que vai investigar a transferência de bens da presidente da Petrobras, Graça Foster, a seus dois filhos, em março deste ano. A informação sobre a cessão dos imóveis foi divulgada na quarta-feira, durante julgamento sobre indisponibilidade dos bens da executiva. Ela á alvo de processo sobre a responsabilidade na compra da Refinaria de Pasadena, no Texas, considerada um prejuízo para a estatal pelo TCU.

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Graça Foster transferiu imóveis para os filhos em março deste ano
Foto: Pedro França / Agência Senado

"Essa diligência vai averiguar se houve, realmente, esta doação; se foi de forma planificada (planejada); ver quais as consequências disso dentro do processo que está em andamento", explicou o presidente do TCU, em evento no Rio Janeiro. Segundo Nader, o processo só será retomado com a conclusão da investigação. "Se for necessário mais que uma semana, daremos mais prazo para que o relator coloque isso na pauta. Queremos a segurança das informações", frisou.

Na quarta-feira, a sessão que discutia a indisponibilidade dos bens da presidente da Petrobras foi suspensa quando a informação foi divulgada pela imprensa. O ministro relator do processo, José Jorge, disse que a transferência dos bens de Graça aos filhos era uma forma de burlar eventuais punições do processo.

Nader também se mostrou preocupado com a situação e disse que, caso seja comprovada a cessão dos bens, penas admnistrativas podem ser aplicadas à executiva. "Primeiro, temos que saber o que aconteceu", disse. Segundo o presidente do TCU, a decisão de tirar o processo da pauta ontem foi do próprio relator, que comunicou a medida de imediato. "É um processo importante que tem que ter todas as nuances dissipadas. No momento em que chegou a notícia da doação, (a informação) colocou todo o tribunal preocupado porque poderia estar criando algum tipo de embaraço", reforçou.

Em nota divulgada à imprensa, a Petrobras afirmou que a transferência dos bens de Graça estava sendo preparada desde 2013 e negou relação com o processo.

Agência Brasil Agência Brasil
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