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SP: professores bloqueiam Paulista e decidem seguir em greve

Em greve desde o dia 13 de março, os professores estaduais reivindicam aumento salarial de 75,33%

17 abr 2015 - 17h32
(atualizado às 18h40)
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Professores estaduais continuam greve. Em manifestação desta sexta-feira, a Avenida Paulista ficou bloqueada nas duas faixas
Professores estaduais continuam greve. Em manifestação desta sexta-feira, a Avenida Paulista ficou bloqueada nas duas faixas
Foto: Peter Leone / Futura Press

Os professores da rede estadual de ensino de São Paulo decidiram nesta sexta-feira pela continuidade da paralisação, após mais uma assembleia realizada à tarde, no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Em greve desde o dia 13 de março, os professores reivindicam aumento salarial de 75,33%.

Além da manutenção da greve, eles aprovaram também uma nova assembleia para a próxima sexta-feira (24), no Masp, a partir das 14h. Um dia antes, os professores devem se reunir com representantes do governo estadual, na sede da Secretaria Estadual da Educação, na Praça da República.

Durante a assembleia de hoje, os professores carregavam várias faixas e um caixão, onde escreveram a mensagem “Aqui jaz a educação”. Durante o protesto, o governador Geraldo Alckmin foi vaiado.

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Professores estaduais continuam greve e bloqueiam Paulista
Professores estaduais continuam greve e bloqueiam Paulista
Foto: Peter Leone / Futura Press

Em um momento de tensão, os professores estranharam a presença de uma tropa especial da Polícia Militar, normalmente utilizada em manifestações com expectativa de confronto, e pediram a retirada da tropa.

Segundo o comandante da operação, capitão Diogo Rafael de Souza, a tropa é da Companhia de Ações Especiais da Polícia ( Caep ). “É uma tropa de efetivo de apoio, e nada tem a ver com a Tropa de Choque. Não temos intenção de confronto ou confusão”, afirmou o capitão.

De acordo com Maria Sufaneide Rodrigues, professora aposentada e integrante da diretora da Sindicato dos Professores no Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), a presença da tropa surpreendeu os professores que não pretendem entrar em confronto ou provocar confusão.

Professores da Unioeste decidem retomar greve:

“Em outras manifestações, não havia esse aparato. É claro que eles são da Tropa de Choque. Por mais que o comandante tenha explicado, entendemos que eles são da Tropa da Choque”, alertou Maria Sufaneide. “Professor não veio para ter confronto com policial. Professor veio reivindicar salário e necessidades para sala de aula.”, acrescentou, lembrando que as demais assembleias ocorreram de forma pacífica.

Até o momento, a Polícia Militar estimou em cerca de 3 mil professores presentes à assembleia. Para a Apeoesp, são 60 mil participantes. Os professores seguem em caminhada até a sede da Secretaria Estadual da Educação, na Praça da República, no centro. O caminho escolhido é pela Avenida 23 de Maio.

Os docentes reivindicam aumento salarial de 75,33%
Os docentes reivindicam aumento salarial de 75,33%
Foto: Vitor Zocarato / vc repórter

Na quarta-feira (15), eles ocuparam a sede da Assembleia Legislativa de São Paulo, após audiência pública sobre a greve. Os professores dormiram no plenário Juscelino Kubitschek, onde permaneceram até a noite de ontem (16).

Segundo o sindicato da categoria, a ocupação na Assembleia teve por objetivo pressionar o governo estadual pela abertura de negociação. Na próxima quarta-feira (22), às 16h, os professores participam de nova audiência pública na Assembleia.

A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo enviou uma resposta oficial sobre a manutenção da greve dos professores, lamentado a "insistência de uma única entidade em continuar uma greve política, desnecessária e que permanece com baixa adesão". Segundo o órgão, o índice de comparecimento foi de 93% nesta semana, o que mostra que a grande maioria dos docentes permanece comprometida com os pais e alunos paulistas.

"A Pasta se mantém disposta a negociar com o sindicato e tem uma nova reunião agendada com a Apeoesp para o dia 23 de abril, o sexto encontro apenas este ano. Outros quatro sindicatos da área da educação, diferentemente da Apeoesp, negociam com o governo sem greve, sem prejudicar pais e alunos. A atual política salarial já garantiu 45% de aumento a todos os professores do Estado nos últimos quatro anos, sendo 21% de aumento real. Além disso, o Governo de São Paulo decidiu pagar neste ano R$ 1 bilhão em bônus por merecimento, o maior da história", escreveu a Secretaria.

Colaborou com esta notícia o leitor Vitor Zocarato, de São Paulo (SP), que participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui ou envie pelo aplicativo WhatsApp, disponível para smartphones, para o número +55 11 97493.4521.

Agência Brasil Agência Brasil
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