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Sobe para 245 número de mortos em incêndio em Santa Maria

27 jan 2013 - 12h43
(atualizado às 12h46)
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O número de vítimas fatais no incêndio ocorrido na madrugada deste domingo na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, subiu para 245, enquanto existem 45 feridos, segundo o último boletim divulgado pela polícia.

Os números foram divulgados pelo comandante do Batalhão de Operações Especiais da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, Cléberson Bastianello, em entrevista coletiva concedida no Centro Desportivo Municipal, para onde os corpos estão sendo levados para serem identificados.

O oficial explicou que as tarefas de remoção dos escombros da discoteca foram concluídas. Segundo Bastianello, além dos corpos que já chegaram ao ginásio, outros seis estão em hospitais de Santa Maria e de outras cidades do estado.

Os bombeiros e a polícia ainda trabalham no local da discoteca para tentar estabelecer as causas da tragédia.

A presidente Dilma Rousseff cancelou sua agenda em Santiago do Chile, onde participava da Cúpula Celac-UE, e anunciou que irá para Santa Maria.

Quando a tragédia ocorreu, estava acontecendo uma festa estudantil na boate, que reunia vários alunos da Universidade Federal de Santa Maria.

A polícia ainda não sabe quantas pessoas estavam no local no momento do incêndio, mas se estima que o número de presentes era de entre 1.000 e 2.000.

No ginásio para onde os corpos foram levados foi instalado um comitê de gerenciamento de crise para oferecer apoio aos parentes e amigos das vítimas.

Segundo testemunhas, o fogo começou por volta das 2h30, quando o cantor da banda que se apresentava realizou um espetáculo pirotécnico e as faíscas alcançaram a espuma utilizada como isolante acústico no teto da boate.

As chamas e a fumaça provocaram pânico entre as pessoas que estavam na discoteca e uma correria em direção às portas de saída, onde alguns presentes morreram pisoteados.

Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul, coronel Guido de Melo, algumas testemunhas disseram que os seguranças do estabelecimento inicialmente fecharam as portas para impedir a saída das pessoas sem pagar. A dificuldade na evacuação causou várias mortes por asfixia.

"A maioria terminou morrendo por asfixia, pela inalação dos gases tóxicos, e muito poucos por queimaduras. O que provocou a tragédia foi o uso de um material não autorizado, o pânico, a inalação de fumaça tóxica e a porta fechada", afirmou o oficial.

EFE   
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