PUBLICIDADE

Senador do Psol se encontra com Dilma e apoia plebiscito sobre reforma política

1 jul 2013 - 19h18
(atualizado às 19h18)
Compartilhar
Exibir comentários
Presidente Dilma Rousseff durante audiência com o senador Randolfe Rodrigues (Psol)
Presidente Dilma Rousseff durante audiência com o senador Randolfe Rodrigues (Psol)
Foto: Roberto Stuckert Filho / PR / Divulgação

O senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP) disse nesta segunda-feira, após encontro com a presidente Dilma Rousseff, que é favorável à realização de um plebiscito sobre a reforma política e sugeriu que a consulta popular inclua questões sobre o voto em lista, o fim do financiamento privado de campanhas, a revogação popular de mandatos e o fim da reeleição e do foro privilegiado para políticos.

Segundo Randolfe, apenas as duas primeiras questões "têm acordo" para ser incluídas no plebiscito, conforme as negociações feitas até agora entre o governo e líderes partidários. Randolfe foi o primeiro representante da oposição a ser recebido por Dilma para discutir as medidas que o governo vai tomar em resposta às manifestações no País.

"Temos acordo sobre o plebiscito, principalmente sobre o fim do financiamento privado", afirmou.

As propostas defendidas pelo senador durante o encontro não representam o Psol, são posicionamentos pessoais. A legenda desistiu de vir à reunião, argumentando que não conseguiu reunir a executiva do partido antes do encontro.

Além do apoio ao plebiscito - e não a um referendo, como defendem alguns líderes da oposição - Randolfe apresentou à Dilma propostas nas áreas de educação e mobilidade urbana. O senador defendeu a aprovação imediata do Plano Nacional de Educação, com 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para o setor, e a ampliação das fontes de financiamento da área, inclusive com lucros de estatais.

Randolfe disse que a proposta de tarifa zero defendida pelo Movimento Passe Livre, que deu origem à onda de manifestações pelo País, é "possível e necessária" e que os recursos para subsidiar o benefício podem surgir após uma auditoria da dívida pública do País.

Para a área de mobilidade urbana, o senador do Psol defendeu que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) volte a financiar municípios para criação de empresas públicas de transporte, como acontecia até a década de 1980. Segundo Randolfe, as concessões continuariam a existir, mas as empresas públicas municipais de transporte poderiam regular as tarifas para baixo obrigando as empresas privadas a abrirem as planilhas de custo. A proposta, de acordo com o senador, poderá ser avaliada pelo grupo de trabalho criado pelo governo federal para discutir as questões de transporte público após as manifestações.

Randolfe disse que foi convidado a se reunir com Dilma junto com outros líderes da oposição, mas que pediu que o encontro fosse separado do DEM e do PSDB, por defenderem "teses divergentes".

Agência Brasil Agência Brasil
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade