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'Sei que prisão não foi em vão', diz brasileira do Greenpeace na Rússia

Bióloga afirma acreditar que o fato de ter ficado presa com mais 29 ativistas reforça a campanha da ONG

24 nov 2013 - 22h28
(atualizado às 22h30)
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<p>A brasileira Ana Paula Maciel concede entrevista a jornalistas em São Petersburgo, na Rússia</p>
A brasileira Ana Paula Maciel concede entrevista a jornalistas em São Petersburgo, na Rússia
Foto: AP

A bióloga brasileira Ana Paula Maciel, que ficou dois meses presa na Rússia após ter participado de um protesto do Greenpeace em setembro, afirmou acreditar que o sofrimento pela qual ela passou servirá para fortalecer a causa da ONG ambientalista. "Embora esses dois meses tenham sido os mais difíceis da minha vida, eu sei que eles não foram em vão", disse a gaúcha. "A nossa prisão não poderia ter sido melhor para a campanha. Eu me sinto honrada de poder ter feito parte de tudo isso", afirmou Ana Paula, em entrevista ao Fantástico, da TV Globo.

Em setembro, a bióloga e outros 29 ativistas do Greenpeace foram presos em um navio da ONG, durante um ato contra a exploração de óleo no Ártico. Em novembro, a maioria deles foi libertada sob fiança - apenas um ativista segue preso -, mas todos responderão por acusações de pirataria e vandalismo.

Segundo Ana Paula, um grande helicóptero da Guarda Costeira russa se aproximou do navio do Greenpeace quando eles protestavam. "Nós sabíamos que a casa tinha caído pro nosso lado. De alguma maneira, toda essa super reação do helicóptero com essa tropa de elite vindo para nos prender significava alguma coisa grave. O governo russo não teve senso de humor o bastante para entender que foi um protesto pacífico", afirmou.

A brasileira descreveu a cela onde ficou, em São Petersburgo. "Era cinco metros por dois. Abrindo os braços, sobrava um pouquinho, mas aí chegava na outra parede. Tinha dois beliches, uma televisão, um banheiro pequeninho, uma pia e uma janela. A janela era bem importante", disse ela. "Se tinha sol, então, aí meu dia estava destruído, porque era muito difícil de estar ali dentro."

Fonte: Terra
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