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Segundo IBGE, 16,7% das famílias têm filhos de relações anteriores

17 out 2012 - 10h00
(atualizado às 10h04)
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Giuliander Carpes
Direto do Rio de Janeiro

No último Censo, o IBGE levantou, pela primeira vez, dados da quantidade de famílias reconstituídas, ou seja, núcleos familiares formados por casais onde o homem ou a mulher trazem filhos de outros relacionamentos. Estas novas configurações chegam a 16,7% das famílias do Brasil, segundo dados divulgados nesta quarta-feira sobre o levantamento de 2010.

"Até o Censo de 2010, o Brasil era um 'mar de tranquilidade'. Todas as famílias eram casais com filhos. Esta informação agora tem mais a ver com a realidade que percebemos no nosso dia a dia, com a ocorrência de divórcios e novas configurações familiares. E colocar essa pergunta no Censo 2010 foi um esforço enorme, com um grande treinamento para que os recenseadores tivessem a capacidade de formular perguntas que levassem direto ao ponto", explica Ana Lucia Saboia, gerente da Coordenação de População e Indicadores Sociais do IBGE.

As famílias com filhos do casal, o que convencionou chamar de tradicionais no passado, ainda são a maioria: 83,8% de um total de 27.423.734. Mas já há mais de 2,5 milhões de famílias com filhos da mulher ou do homem provenientes de relações anteriores. E existem outras 1,94 milhões de famílias com filhos que ambos trazem de outros relacionamentos.

Na estrutura das famílias, pôde-se observar que a maioria têm rendimentos tanto da mulher quanto do homem (62,7%). Esse percentual ainda é um pouco superior nos casos em que a mulher é a responsável (66,4% contra 61,6%), mesmo que a taxa de atividade masculina seja superior à feminina.

"Esta é uma mudança de comportamento que temos observado e tem a ver com o ingresso das mulheres no mercado de trabalho. Até o começo da década de 1980, só mulheres mais pobres trabalhavam", afirma Saboia.

Fonte: Terra
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