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Segunda vítima de tragédia em Mariana é identificada; 25 estão desaparecidos

9 nov 2015 - 15h53
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A Polícia identificou nesta segunda-feira a segunda vítima do rompimento da barragem que arrasou na última quinta-feira o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), e reduziu para 25 o número de desaparecidos na tragédia.

Um dos três corpos levados no domingo ao Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte era o de Sileno Narkievicius de Lima, de 47 anos, motorista de caminhão da Samarco, empresa proprietária dos depósitos de resíduos minerais que se romperam.

A primeira vítima, identificada no próprio dia do acidente, era Claudio Fiuza, outro empregado da mineradora que sofreu um infarto ao presenciar a ruptura dos diques que continham até 62 milhões de metros cúbicos de resíduos e água.

Os outros dois corpos levados a Belo Horizonte só serão incluídos como vítimas do acidente caso seja confirmado que eles estão entre os desaparecidos ou se comprove que realmente morreram como consequência do rompimento das barragens.

Segundo o Corpo de Bombeiros, estão na lista de desaparecidos 12 funcionários da Samarco e 13 moradores dos distritos afetados pela tragédia que ainda estão sendo procurados pelos familiares.

A relação foi reduzida para 25 após a confirmação da segunda vítima e a localização em hotéis de Mariana de duas pessoas que eram consideradas como desaparecidas.

Os bombeiros, que seguem as buscas de possíveis vítimas, disseram que os trabalhos prosseguirão por tempo indeterminado, apesar de o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, ter admitido que considera difícil encontrar sobreviventes.

O distrito de Bento Rodrigues, o mais afetado pela tragédia, foi praticamente riscado do mapa, pois o mar de lama destruiu 158 de suas 180 casas. Os 22 imóveis restantes, apesar de terem ficado de pé, sofreram importantes danos.

Os resíduos arrasaram as plantações da região e atingiram, com seu conteúdo de metais pesados, o leito do rio Doce, elevando o nível em mais de um metro. Algumas cidades de Minas e do Espírito Santo, com cerca de 500 mil habitantes no total, tiveram que suspender o abastecimento de água por tempo indeterminado devido à possibilidade de contaminação.

A companhia de abastecimento da cidade de Governador Valadares disse que suspendeu o serviço porque a água chegou com uma coloração mais escura e depois das análises terem demonstrado um nível de contaminação que impedia o tratamento adequado.

A Samarco, controlada pela Vale e pela australiana BHP, duas das maiores mineradoras do mundo, esclareceu que os resíduos não são tóxicos para o ser humano por serem compostos principalmente por sílica, mineral encontrado na areia.

EFE   
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