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Saúde vai enviar equipe para analisar mortes por H1N1 em SP

Até 12 de maio, foram registrados 388 casos da doença no País. Destas, 55 foram em São Paulo. O número representa 90% das mortes envolvendo o vírus Influenza A registradas no Brasil

21 mai 2013 - 19h35
(atualizado às 19h43)
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<p>O ministro da Saúde e o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis, Cláudio Maierovitch, apresentam balanço da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, em Brasília</p><p> </p>
O ministro da Saúde e o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis, Cláudio Maierovitch, apresentam balanço da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, em Brasília
Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Os casos de mortes por influenza A (H1N1), a gripe suína, em São Paulo, vão ser analisados pelo Ministério da Saúde. Nesta terça-feira, o ministro Alexandre Padilha anunciou que enviará uma equipe de técnicos ao Estado. Até 12 de maio, foram registrados 388 casos da doença, com 61 mortes em todo o País. Destas, 55 foram em São Paulo. O número representa 90% das mortes envolvendo o vírus Influenza A registradas no Brasil.

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A antecipação da circulação do vírus, em São Paulo, antes da chegada do frio, de acordo com o ministério, é uma das hipóteses para o número alto de mortes. A Secretaria Estadual da Saúde, no entanto, divulgou nota atribuindo o fato em função do Estado ser o mais populoso do País. "O que já justifica números maiores de casos de quaisquer doenças em relação aos outros Estados", diz a nota.

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Para intensificar o combate ao vírus, as unidades de saúde de São Paulo vão manter a vacinação contra a gripe até o próximo dia 29. Segundo o balanço parcial do governo paulista, divulgado na sexta-feira, 7,1 milhões de pessoas, das quais 3,8 milhões com idade acima de 60 anos, já tinham sido imunizadas. Também haverá a ampliação dos pontos de distribuição do Fosfato de oseltamivir (Tamiflu), medicamento usado no combate ao vírus.

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A orientação é que os médicos receitem o Tamiflu nas primeiras 48 horas após o surgimento dos sintomas, sem aguardar resultados de laboratório ou sinais de agravamento, em todas as pessoas que integrem o grupo de risco e que apresentem sintomas de Síndrome Gripal e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) - como crianças menores de 2 anos, gestantes, puérperas, indígenas que moram em aldeias, idosos, obesos e doentes crônicos.

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Padilha fez um apelo para que os Estados e municípios facilitem o acesso ao medicamento, pedindo que ele seja disponibilizado em todas as unidades de saúde, nas unidades de Pronto-Atendimento (UPAs), nos prontos-socorros, agilizando a prescrição pelo profissional de saúde. "O Ministério da Saúde garante a distribuição desse medicamento (Tamiflu) de graça, e todos os Estados estão abastecidos", disse Padilha.

O medicamento é oferecido gratuitamente na rede pública e reduz as complicações e mortes pela Influenza A. O paciente deve apresentar a receita médica emitida tanto por profissionais da rede pública como da rede privada.

Durante o balanço, Padilha anunciou medidas para enfrentar a gripe, entre elas, a destinação de R$ 30 milhões para os Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, que registram a maior concentração de casos da doença. São Paulo receberá a maior parte: R$ 12,7 milhões. Para o Rio Grande do Sul foram disponibilizados R$ 5,6 milhões, Santa Catarina receberá R$ 5,4 milhões e o Paraná, R$ 6,7 milhões.

Conforme classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS), o vírus Influenza A (H1N1) é classificado como gripe comum, assim como outros tipos de vírus de gripe, (como o A e B sazonal). Apenas os casos graves, caracterizados como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), são notificados. Em 2012, no Estado de São Paulo, foram confirmados 676 casos para o vírus Influenza. Destes, 371 foram confirmados para o vírus Influenza H1N1, com 74 mortes.

Agência Brasil Agência Brasil
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