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São Paulo tem maior IDH entre 16 regiões metropolitanas

Atlas do Desenvolvimento Humano mostra redução da diferença entre menor e maior índice, mas aponta desigualdade dentro das grandes cidades

25 nov 2014 - 10h01
(atualizado em 26/5/2018 às 13h16)
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A região metropolitana de São Paulo aparece em primeiro lugar e

<p>A região metropolitana de São Paulo teve o maior IDHM do País, 0,794</p>
A região metropolitana de São Paulo teve o maior IDHM do País, 0,794
Foto: BBC Mundo / Copyright

m Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) entre 16 pesquisadas, de acordo com relatório lançado na manhã desta terça-feira pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Os dados do estudo mostram ainda que as disparidades entre as regiões metropolitanas do Nordeste e Norte com as do Sul e do Sudeste reduziram entre 2000 e 2010. Por outro lado, a desigualdade é marcante dentro das capitais e dos municípios de seu entorno.

O Atlas de Desenvolvimento Humano, feito em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro (FJP), mostra que todas as regiões metropolitanas entraram na categoria de alto desenvolvimento humano e a diferença entre o maior IDHM e o menor diminuiu de 22,1% para 10,3%. O índice – que vai de zero a um - é medido com base em dados de expectativa de vida, renda e ensino.

Segundo o estudo, que toma como base dados do Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010, a região metropolitana paulista registrou o maior IDHM, um índice de 0,794. A Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal (Ride) é a segunda do ranking, com 0,792, seguida de Curitiba (0,783), Belo Horizonte (0,774) e a Grande Vitória (0,772).

A região de Manaus é a que apresentou o menor IDHM, com 0,720, seguido de Belém (0,729), , Natal (0,733), Fortaleza (0,732) e Recife (0,734). O índice acima de 0,700 configura patamar de Alto Desenvolvimento.

Segundo o relatório, o principal avanço na década foi no índice ligado à educação. Em 2000, São Paulo liderava com 0,592, com Manaus na última posição (0,414). O topo da tabela em 2010 ficou com São Luís (0,737), enquanto a capital do Amazonas segue na lanterna apesar da melhora no número: 0,636.

Na categoria da renda, as regiões com piores índices entraram em um crescimento mais acelerado. Em 2010, os extremos do índice ficaram entre Distrito Federal (0,826) e Fortaleza (0,716), ante 0,779 e 0,647 de São Paulo e de São Luís em 2000.

IDHM das regiões metropolitanas

1º São Paulo - (0,794)
2º Distrito Federal - (0,792)
3º Curitiba - (0,783)
4º Belo Horizonte (0,774)
5º Grande Vitória (0,772)
6º Rio de Janeiro (0,771)
7º Goiânia(0,769)
8º Vale do Rio Cuiabá (0,767)
9º Porto Alegre (0,762))
10º São Luís (0,755)
11º Salvador (0,743)
12º Recife (0,734)
13º Natal (0,733)
14º Fortaleza (0,732)
15º Belém (0,729)
16º Manaus (0,720) 

Desigualdade é presente em todas as regiões

A melhora nos índices não significa, no entanto, que toda a região esteja alinhada à média registrada. Para detalhar a desigualdade, o Atlas dividiu as 16 regiões metropolitanas pesquisadas em mais de 9 mil áreas, denominadas Unidade de Desenvolvimento Humano (UDH).

A divisão evidenciou bairros com alto IDHM em regiões da última posição da lista, assim como áreas problemáticas em cidades que lideram. A localidade com menor percentual de adultos com Ensino Fundamental completo (21,20%), por exemplo, fica na região metropolitana de Curitiba, na cidade de Doutor Ulysses. Lanterna do ranking das 16 regiões metropolitanas, Manaus possui localidades abastadas com IDHM de 0,930, superior ao registrado pela cidade com maior desenvolvimento humano do Brasil, São Caetano do Sul (SP).

“É verdade que a desigualdade ainda é um fator marcante nas cidades. Mesmo em 2010, na maioria das Regiões Metropolitanas brasileiras analisadas nesta publicação, há diferença na esperança de vida das pessoas conforme elas vivam nas melhores ou nas piores áreas urbanas. Se a variável considerada é o percentual de pessoas de 18 anos ou mais de idade com ensino fundamental completo, as diferenças também são evidentes ao compararmos os lugares mais abastados e os desfavorecidos. Na renda a desigualdade se repete, com algumas áreas em que a renda mensal per capita supera os R$ 10 mil, e outras em que ela não chega a R$ 1 mil”, avalia o coordenador do Sistema ONU no Brasil, Jorge Chediek. 

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Fonte: Terra
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