RN decreta calamidade pública na saúde e libera R$ 25 milhões
O governo do Rio Grande do Norte decretou estado de calamidade pública na área da saúde. A medida foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta quinta-feira.
Segundo o documento, as justificativas são, entre outras, a "necessidade de se adotaram medidas imediatas para a reforma e equipagem das emergências" de vários hospitais e implantação de 63 novos leitos de UTI. O decreto diz ainda que há "desabastecimento crítico" de remédios em toda a rede hospitalar do Estado.
O objetivo do decreto é permitir que o governo contrate, "em caráter emergencial", qualquer serviço ou bem, público ou privado, para restabelecer a normalidade no atendimento. O documento tem validade de 180 dias
Médicos e servidores da rede de saúde pública do Rio Grande do Norte estão em greve há 60 dias. Eles protestam contra a falta de condições para trabalhar.
Plano emergencial
A governadora, Rosalba Ciarlini (DEM), que é médica, apresentou nesta quinta-feira um plano emergencial para o setor. "Estamos lançando medidas emergenciais e ações estruturantes para que as soluções sejam duradouras e o atendimento não volte a piorar depois de algum tempo", disse.
Com esse plano, serão investidos de imediato R$ 25 milhões para reformar, equipar e estruturar as emergências de quatro hospitais estaduais da região metropolitana de Natal. "Esses serviços serão concluídos em seis meses. Vamos aplicar recursos na reestruturação de outros hospitais", reforçou a governadora.
O plano emergencial será aplicado com a colaboração do Ministério da Saúde. "Primeiro, o Governo Federal analisou todo o plano que nós elaboramos. Depois de aprovar o nosso projeto foi que o Ministério da Saúde garantiu total apoio para recuperar a saúde pública do Rio Grande do Norte", disse Rosalba Ciarlini.
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