RJ: Teresópolis confirma 8 casos de leptospirose após chuvas
13 fev2011 - 11h42
(atualizado às 11h44)
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A Secretaria de Saúde de Teresópolis divulgou que o número de casos de leptospirose no município saltou de cinco para oito, nos dois últimos dias, fazendo com que o número total da região serrana do Rio passe para 42.
Boletim semanal da Subsecretaria de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro publicado na última quarta-feira (9) indicava que a região serrana tinha o registro de 39 casos da doença desde o início das chuvas de janeiro.
Em Teresópolis, segundo a prefeitura, o temporal do dia 12 de janeiro causou a morte de 372 pessoas, deixando 6.727 mil desabrigados e 9.110 desalojados. Até o momento, no município, há 185 notificações de casos suspeitos de leptospirose. "Todos os possíveis infectados com a doença fazem tratamento domiciliar e há um caso de internação."
A prefeitura de Teresópolis está fazendo uma campanha de orientação aos moradores sobre medidas preventivas para evitar uma epidemia da doença e de outros males recorrentes depois de períodos chuvosos em que as enxurradas trazem lixo e fazem subir o esgoto das ruas.
O município com o maior número de casos de leptospirose, até o último boletim do governo estadual, é o de Nova Friburgo, onde 32 casos da doença já foram confirmados.
Doença
A leptospirose é uma doença infecciosa causada pela bactéria Leptospira, presente na urina do rato. Em situações de enchentes e inundações, a urina dos ratos mistura-se à enxurrada e à lama, provocando o risco de contágio. A bactéria penetra no corpo pela pele, principalmente se houver algum ferimento ou arranhão.
Os sintomas mais comuns da doença são febre alta com calafrios, dor de cabeça e dor muscular, principalmente nos membros inferiores e na panturrilha. Também há casos em que os pacientes sentem náuseas, vômitos e diarreia, além de hiperemia conjuntival (olhos acentuadamente avermelhados).
Não existe vacina contra a leptospirose, que tem tratamento quando o diagnóstico é feito com antecedência. Moradores que tiveram suas residências tomadas pelas chuvas devem tomar medidas para evitar o contágio e procurar atendimento médico, quando apresentarem sintomas. As paredes, objetos e as roupas atingidas pela enxurradas devem ser lavados com uma mistura de água sanitária e água (quatro xícaras de café de água sanitária para cada 20 l de água). Já o alimento que teve contato com a água contaminada deve ser jogado fora, pois pode transmitir doenças. A caixas d'água também deve ser limpas e desinfetadas.
Chuvas na região serrana
As fortes chuvas que atingiram os municípios da região serrana do Rio nos dias 11 e 12 de janeiro provocaram enchentes e inúmeros deslizamentos de terra. As cidades mais atingidas são Teresópolis, Nova Friburgo, Petrópolis, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), choveu cerca de 300 mm em 24 horas na região.
Veja onde foram registradas as mortes
A Praça do Suspiro está novamente limpa após lama do morro do teleférico ter coberto o ponto turístico de Nova Friburgo
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra
Um emaranhado de entulho é tudo o que a enxurrada de pedras e lama deixou pelo caminho no bairro de Campo Grande, em Teresópolis
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra
A enxurrada arrastou carros e partes de construções no Vale do Cuiabá
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra
Rio que causou tragédia voltou ao normal no Vale do Cuiabá
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra
Rio que causou tragédia voltou ao normal no Vale do Cuiabá
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra
Rio que causou tragédia voltou ao normal no Vale do Cuiabá
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra
Homens tiram medidas para redoma de vidro que protegerá imagem apelidada de Nossa Senhora do Vale do Cuiabá. A santa resistiu à enchente que destruiu a localidade de Petrópolis
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra
Imagem de santa ficou com água "pela cintura", mas não sucumbiu ao desastre no Vale do Cuiabá, em Petrópolis
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra
Após perder a mulher em tragédia, Almir Furtado Reis, 61 anos, tenta retomar a vida trabalhando no Centro Educacional Santa Terezinha, no Vale do Cuiabá
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra
Do Juju Bar, no Vale do Cuiabá, em Petrópolis, sobrou apenas a fachada
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra
Destruição no Vale do Cuiabá, em Petrópolis
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra
A doméstica Dulcinea Quintella Pinto, 59 anos, mostra os restos de sua casa no Vale do Cuiabá. Após se salvar de enchente, ela permanece na casa de parentes
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra
Bairro de Campo Grande, em Teresópolis, foi devastado por deslizamento de lama e pedras
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra
Engolidos por pedras, bairros de Posse e Campo Grande, em Teresópolis, foram evacuados
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra
Um mês após tragédia, cenas de destruição continuam a predominar no bairro de Campo Grande, em Teresópolis
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra
Enxurrada carregou casas, postes, carros e tudo o que encontrou pela frente no bairro de Campo Grande, em Teresópolis
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra
Com a força da lama, carros ficaram retorcidos em Teresópolis
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra
O bairro de Campo Grande, em Teresópolis, permanece coberto por carcaças e lama
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra
Condenados, bairros de Posse e Campo Grande, em Teresópolis, ficarão interditados
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra
Helena Ferreira e Moacir Machado Paulo observam parede onde corpos de vizinhos foram encontrados no bairro de Campo Grande, em Teresópolis
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra
Bairro de Campo Grande, em Teresópolis
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra
Bairro de Posse, em Teresópolis
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra
Bairro de Posse, em Teresópolis
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra
Mesmo com área condenada, homem quer reconstruir residência atingida por deslizamentos no bairro de Posse, em Teresópolis
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra
Destruição no bairro de Posse, em Teresópolis
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra
Destruição no bairro de Posse, em Teresópolis
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra
Entrada da igreja ficou tomada de pedras
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra
Destruição no bairro de Posse, em Teresópolis
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra
Pessoas conferem a lista de desaparecidos disponibilizada junto ao Centro de Informações Turísticas em Teresópolis
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra
A Igreja Santo Antônio, na Praça do Suspiro, em Nova Friburgo, está interditada pela Defesa Civil
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra
É possível ver novamente um dos principais pontos turísticos de Friburgo
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra
Um mês após tragédia, entrada do teleférico, na Praça do Suspiro, em Nova Friburgo, recebeu novo gramado
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra
Manequins são novamente expostos diante das lojas de roupa íntima de Nova Friburgo
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra
Palhaços voluntários fazem crianças de abrigo em Nova Friburgo voltar a sorrir
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra
Atingidos pela chuva fazem fila para cadastramento para receber doações na Ceasa de Nova Friburgo
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra
Voluntário, Klaus Rabello sobe a serra todos os finais de semana para ajudar na distribuição de mantimentos
Foto: Luís Bulcão Pinheiro / Especial para Terra
Alimentos, roupas e produtos de higiene e limpeza doados para vítimas da tragédia são distribuídos por voluntários na Ceasa de Nova Friburgo