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RJ: greve da Receita prejudica atendimento em portos e aeroportos

14 ago 2012 - 18h36
(atualizado às 22h02)
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A conferência de bagagens e mercadorias em portos e aeroportos do Rio de Janeiro, além do atendimento nos centros de Atendimento ao Contribuinte (CAC), em agências, em delegacias e nas demais unidades da Receita Federal do Brasil foram prejudicados nesta terça-feira por uma greve de 24 horas dos analistas tributários da instituição. A categoria reivindica reajuste salarial e melhores condições de trabalho.

Manifestantes se concentraram na frente da Igreja da Candelária, no Centro do Rio de Janeiro, para reivindicar melhores condições de trabalho
Manifestantes se concentraram na frente da Igreja da Candelária, no Centro do Rio de Janeiro, para reivindicar melhores condições de trabalho
Foto: Luiz Roberto Lima / Futura Press

Segundo Aderaldo Chaves, da Delegacia Sindical do Rio de Janeiro, quase 100% dos analistas tributários aderiram à paralisação. Foram mantidos apenas os serviços essenciais.

"Nós esperamos a abertura do diálogo com o governo federal sendo que, depois, se não ocorrer, nós vamos fazer assembleias para decidir se entraremos em paralisação total e indeterminada. Nós tentamos negociar no Ministério do Planejamento, mas não houve ainda nenhum avanço", disse.

O Sindicato Nacional dos Analistas Tributários da Receita Federal do Brasil (Sindireceita) informou, por meio de nota, que a ação marcou o quarto Dia Nacional de Luta pela Reestruturação Salarial. Segundo a entidade, o último acordo salarial ocorreu há quase quatro anos e, durante o período, não houve reajustes referentes ao índice de inflação.

A Receita Federal no Rio de Janeiro manifestou, por meio de sua assessoria de imprensa, não ter qualquer informação a respeito do movimento dos analistas tributários.

O movimento grevista

Iniciados em julho, os protestos e as paralisações de servidores de órgãos públicos federais aumentaram no mês de agosto. Pelo menos 25 categorias estão em greve, tendo o aumento salarial como uma das principais reinvindicações. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), o movimento atinge 28 órgãos, com 370 mil servidores sem trabalhar. O número, no entanto, é contestado pelo governo.

Estão em greve servidores da Polícia Federal, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Arquivo Nacional, da Receita Federal, dos ministérios da Saúde, do Planejamento, do Meio Ambiente e da Justiça, entre outros. O Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências) informou que dez agências reguladoras aderiram ao movimento.

O Ministério do Planejamento declarou que está analisando qual o "espaço orçamentário" para negociar com as categorias. O governo tem até o dia 31 de agosto para enviar o projeto de lei orçamentária ao Congresso Nacional. O texto deve conter a previsão de gastos para 2013.

No dia 25 de julho, a presidente Dilma Rousseff assinou decreto para permitir a continuidade dos serviços em áreas consideradas delicadas. O texto prevê que ministros que comandam setores em greve possam diminuir a burocracia para dar agilidade a alguns processos, além de fechar parcerias com Estados e municípios para substituir os funcionários parados.

Agência Brasil Agência Brasil
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