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RJ: governo firma pacto para ampliar distribuição de leitos

21 out 2010 - 04h56
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Representantes dos governos federal, estadual e municipal do Rio de Janeiro assinam em 30 dias pacto que disponibilizará todos os leitos de terapia intensiva em hospitais da rede do Sistema Único de Saúde (SUS) no estado. A medida visa a amenizar o déficit de vagas de UTIs na Central de Regulação de Leitos, que hoje tem fila de espera com mais de 130 pacientes. Com a integração das três esferas, a Central passa a oferecer 3.074 leitos no lugar de 692.

A carência de vagas - agravada pelo fechamento do Hospital Pedro II após incêndio no dia 14 - pode aumentar com a interrupção das atividades do Hospital do Fundão, que será esvaziado a partir de 1º de novembro para implosão de ala jamais ocupada.

De acordo com o diretor da rede de hospitais federais no Rio, Oscar Berro, a cooperação entre as redes permitirá criar duas centrais de regulação. "Os leitos de enfermarias serão regulados pelo município enquanto os de terapia intensiva ficarão a cargo do estado", explicou Berro.

Os hospitais federais no estado - Bonsucesso, Andaraí, Ipanema, Lagoa, Cardoso Fontes e Geral dos Servidores - somam 164 leitos de UTI, dos quais 68 são para adultos. Na rede municipal, existem 208 de vagas de terapia intensiva. Hoje, a Central de Regulação estadual gerencia 692 leitos. Com o convênio, seriam 3.074 leitos de UTI da rede SUS no Rio.

"Também serão investidos R$ 100 milhões nos 6 hospitais da rede federal no Rio, que ganharão 100 leitos de terapia intensiva", afirmou Berro, que prometeu as novas vagas para abril de 2011.

O presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio, Luis Fernando Moraes, crê que o pacto amenizará o déficit, mas ainda não deve ser suficiente para acabar com a espera. "Indica um bom caminho. Talvez não seja o suficiente para zerar a fila, mas certamente salvará vidas", diz.

Após a desativação do Hospital Estadual Pedro II, que ficará fechado para obras por ao menos 6 meses, mais uma unidade hospitalar do Rio terá alteração no funcionamento. Com a implosão da ala sul, dia 19 de dezembro, o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (do Fundão) interromperá, dentro de 10 dias, a realização de cirurgias e internações de longa permanência.

Até 16 de dezembro, o hospital será esvaziado. Pacientes serão transferidos para outras unidades da rede municipal. Segundo a UFRJ, não há risco de abalo estrutural na ala ativa do hospital, que já está sendo 'descolada' da ala sul por demolição manual. Após a separação, ocorrerá a implosão. Nesse dia, a a Linha Vermelha terá o tráfego fechado perto do hospital. A reabertura da unidade está prevista para 10 de janeiro.

Fonte: O Dia
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