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RJ: bondinhos de Santa Teresa vão ficar mais um ano parados

Atualmente, o transporte de Santa Teresa é feito com uso de microônibus

29 abr 2015 - 19h51
(atualizado às 19h51)
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Acidente com bondinho de Santa Teresa
Acidente com bondinho de Santa Teresa
Foto: Murilo Rezende / Futura Press

Os moradores de Santa Teresa, no Rio, ficarão mais um ano sem o seu tradicional bondinho. As obras de recuperação dos trilhos estão atrasadas e não ficarão prontas este ano, admitiu hoje (29) o secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osório. O bondinho está sem operar desde agosto de 2011, quando um acidente causou a morte de cinco pessoas.

"A situação das obras dos bondes é difícil. O governo do estado obrigou o consórcio construtor a refazer o trabalho de um trecho entregue, pois não estava adequado à utilização do freio de emergência magnético. Esse retrabalho está sendo feito e atrasou mais uma vez o cronograma de obras. Ao final de 2015, com certeza esse prazo não será atingido", disse.

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Osório ameaçou inclusive romper o contrato com a empresa que executa as obras, se a velocidade dos trabalhos não aumentar. A falta do bonde tem sido um problema para os moradores de Santa Teresa, que, além de perderem o principal meio de transporte, ainda têm de conviver com as intermináveis obras nas principais ruas do bairro.

"Nós já advertimos o consórcio de que, se as obras não entrarem em uma velocidade adequada, o governo poderá cancelar este contrato." O secretário assumiu que poderá ser feita uma nova licitação para a instalação dos trilhos. "Se julgarmos que o consórcio não tem condições de levar a cabo a obra com a qualidade e no prazo que o governo precisa, estamos cogitando o rompimento de contrato e abertura de licitação para nova empresa fazer a obra."

Veja como ficou bondinho de Santa Teresa após repaginação:

Osório não deu certeza de que todo o sistema estará operando até as Olimpíadas de 2016. Inicialmente, a previsão era de ter os bondes funcionando para a Copa do Mundo do ano passado, o que não ocorreu. "Certamente que a meta é essa [de operar até as Olimpíadas] e agora nós temos de ver se vamos ter todo o sistema funcionando ou se teremos o sistema funcionando parcialmente."

Atualmente, o transporte de Santa Teresa é feito com uso de microônibus. Muito procurado por turistas, por suas casas antigas e pelo jeito de cidade do interior, o bairro se ressente da falta dos bondes, que além de eficientes, compunham a paisagem bucólica do lugar e era um atrativo para os turistas.

Agência Brasil Agência Brasil
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