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Rio: MPF recorre para impedir demolição de antigo Museu do Índio

14 jan 2013 - 19h12
(atualizado às 22h13)
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O Ministério Público Federal (MPF) entrou nesta segunda-feira com recurso no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) para impedir o governo do Rio de Janeiro de demolir o antigo Museu do Índio, vizinho ao Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, na zona norte da capital fluminense.

O grupo de índios que vive no local pede uma audiência com o governador Sérgio Cabral
O grupo de índios que vive no local pede uma audiência com o governador Sérgio Cabral
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

No recurso, a Procuradoria Regional da República da 2ª Região (PRR-2) pede que volte a vigorar a proibição da demolição, obtida pela Defensoria Pública da União em liminares das 8ª e 12ª varas federais do Rio de Janeiro. As ordens judiciais foram suspensas em 13 de novembro do ano passado pela presidência do TRF-2, que acolheu o argumento de que haveria prejuízo à segurança e à economia públicas.

De acordo com o MPF, a suspensão das liminares que impediam a demolição é um erro, por permitir a destruição permanente e irreversível de um patrimônio público singular e de valor inestimável que deveria ser protegido. Para a procuradoria, independentemente da decisão final dos processos, não se pode, com uma decisão de efeito provisório, gerar a perda definitiva de um valor histórico, cultural e arquitetônico impossível de ser resgatado.

Segundo o procurador-chefe em exercício da PRR-2, Newton Penna, "se o Estado agisse de acordo com o dever de proteger o interesse social, deveria considerar, na elaboração do projeto, que no entorno do Maracanã há um imóvel cuja proteção é do interesse da sociedade e que, portanto, não pode ser destruído". Ao pedir ao TRF-2 que reconsidere a decisão, o MPF sustenta que a Federação Internacional de Futebol (Fifa), responsável pela Copa de 2014, declarou não ter exigido a demolição do imóvel e se mostrou favorável a adequações que preservem o patrimônio cultural.

O recurso informa que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) repudia a destruição e que o Conselho Regional de Engenharia (Crea-RJ) concluiu que o edifício não prejudicaria a circulação de pessoas na Copa.

Agência Brasil Agência Brasil
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