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Dilma visita bairro com alta infestação de Aedes no Rio

A cozinheira Adriana Medeiros recebeu visita da presidente, que a orientou sobre como eliminar possíveis focos do mosquito

13 fev 2016 - 13h17
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A cozinheira Adriana Medeiros, 40 anos, recebeu na manhã de hoje (13) uma visita inusitada: a presidente Dilma Rousseff tomou um café na casa de Adriana e orientou a moradora da comunidade Zeppelin, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro, sobre como eliminar possíveis focos do mosquito Aedes aegypti. O bairro é uma das regiões com maior índice de infestação do mosquito transmissor da dengue, vírus Zika e chikungunya.

Dilma: zika não compromete jogos no Rio
Dilma: zika não compromete jogos no Rio
Foto: João Paulo Engelbrecht

A visita da presidenta faz parte do Dia Nacional de Mobilização contra o Mosquito Aedes Aegypti, que acontece em todo país. Durante cerca de uma hora, Dilma Rousseff, o governador do estado, Luiz Fernando Pezão, e o prefeito do Rio, Eduardo Paes, conversaram com moradores e distribuíram folhetos informativos e camisetas para as famílias do bairro.

Na cidade do Rio, cerca de 71 mil militares foram designados para ir às ruas, visitar residências e orientar e instruir os cariocas, no momento em que o aumento do número de casos de vírus Zika preocupa autoridades nacionais e internacionais.

O vírus Zika provoca dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos. A grande preocupação, no entanto, é a relação entre o Zika em gestantes e a ocorrência de malformações congênitas como a microcefalia.

Segundo as Forças Armadas, os militares envolvidos na mobilização de hoje vão atuar desarmados. As áreas onde há risco de contronto com traficantes serão vistoriadas por agentes de saúde.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde do Rio, o combate ao mosquito será uma prioridade em regiões com alta incidência de doenças transmitidas pelo Aedes, como nos municíopios de Araruama, Rio das Ostras, Duque de Caxias e Belfort Roxo, na baixada fluminense.

Dilma no dia de mobilização contra o Aedes
Dilma no dia de mobilização contra o Aedes
Foto: Roberto Stuckert Filho

Olimpíadas

A presidente Dilma Rousseff disse que o grande número de casos de zika no País não compromete a realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, marcados para agosto deste ano. A afirmação foi feita durante visita ao bairro de Santa Cruz, na zona oeste do Rio, para participar do mutirão de combate a focos do mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, chikungunya e zika.

“Nós conseguiremos, até a Olimpíada, ter um sucesso bastante considerável nesse extermínio dos mosquitos. Agora, precisamos de vocês [da população]. Essa é uma obrigação do prefeito, do governador e minha. Agora, nós também apelamos para a consciência de cada um dos cariocas, homens, mulheres, crianças, para que nos ajudem nessa função”, disse Dilma.

Segundo a presidenta, o Rio de Janeiro é um dos locais prioritários para o combate ao mosquito, justamente por causa da Olimpíada. Ela destacou, no entanto, que combater o vetor da zika não é um compromisso com as delegações estrangeiras, mas sim com o próprio Brasil.

“Isso não é um compromisso nosso com alguém do exterior. É um compromisso nosso conosco mesmo. É por conta da nossa importância que nós temos que fazer isso”, afirmou.

Dilma destacou que o Brasil e os Estados Unidos estão envolvidos em esforço conjunto para desenvolver uma vacina contra a zika, mas que enquanto não ela não é desenvolvida é preciso combater os criadouros do Aedes aegypti.

Agência Brasil Agência Brasil
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