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Rio Amazonas vai a maior nível desde 1927 em cidade do PA

12 mai 2009 - 16h29
(atualizado às 19h58)
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As cheias dos rios na Região Norte do País continuam preocupando moradores e autoridades. Amazonas e Pará são os Estados mais castigados, segundo informação da Secretaria Nacional de Defesa Civil. Em Óbidos, interior do Pará, o Rio Amazonas atingiu a cota de 8,48 m - o nível mais alto já medido desde 1927.

Trinta e quatro municípios paraenses foram atingidos. A Defesa Civil informou que mais de 179 mil pessoas foram afetadas e há pelo menos 23 mil desalojados e mil desabrigados. Segundo a Agência Nacional de Águas, Santarém, no oeste do Pará, vive a maior enchente dos últimos 56 anos. Dos dois Estados, o Amazonas é o que tem maior número de municípios diretamente atingidos pelas enchentes. São 47 cidades abaladas pelas inundações, com 46.242 pessoas desalojadas e 10.196 desabrigadas. A estimativa é que quase 304 mil pessoas tenham sido afetadas.

O nível das águas no rio Amazonas está apenas 72 cm abaixo do verificado na maior cheia já ocorrida, que foi a de 1953. Nesta terça-feira, o nível do rio Negro em Manaus chegou a 28,97 m.

Ainda não há um balanço preciso sobre os prejuízos causados na região, apesar da necessidade já identificada de reconstrução de escolas, casas e prédios públicos danificados. No caso do Amazonas, o governo estadual está preparando um relatório com informações sobre os municípios mais atingidos, entre eles, Eirunepé, Canutama, Tonantins e Santo Antônio do Içá. As informações serão repassadas ao governo federal.

Mais chuva

Segundo a Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec), do Ministério da Integração Nacional, os desastres provocados por fortes chuvas e enchentes deixaram 196.365 pessoas desalojadas e 99.709 desabrigados em 13 Estados.

De acordo com as informações notificadas pelas defesas civis estaduais e enviadas à Sedec, 37 pessoas morreram por causa dos desastres em oito Estados: Ceará (12), Maranhão (8), Bahia (7), Alagoas (4), Paraíba (2), Sergipe (2), Pernambuco (1) e Santa Catarina (1). A Defesa Civil do Estado do Amazonas fez uma reavaliação das notificações de óbitos e informou que não houve mortes relacionadas ou decorrentes das enchentes.

Os danos causados pelo excesso de chuva atingiram 357 municípios localizados em 13 Estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Acre, Amazonas, Pará e Santa Catarina. As notificações das coordenadorias estaduais de defesa civil indicam que 1.150.900 pessoas foram afetadas pelo desastre natural nesses Estados.

No Nordeste, o Ceará e o Maranhão, atualmente, são os Estados que tem o maior número de municípios atingidos, com 78 cada. Em seguida estão Piauí (37), Paraíba (27), Rio Grande do Norte (16), Bahia (11), Pernambuco (9), Sergipe (7) e Alagoas (3).

Ao todo, 259.355 cearenses forma vitimados, de alguma forma, pelas enchentes, enxurradas e desabamentos. Destes, 54.913 estão desabrigados ou desalojados. No Maranhão, a população afetada chega a 204.884 pessoas, com 44.063 desalojados e 30.200 desabrigados. Na Bahia, são 5.436 desalojados e 2.188 desabrigados. No Piauí e no Rio Grande do Norte, a chuva afetou a vida de 78.520 e 45.308 pessoas, respectivamente. E, na Paraíba, são 5.402 desalojados e 1.488 desabrigados.

Na região Norte, o Amazonas é o Estado onde se encontra o maior número de municípios atingidos: 44. São 43.205 pessoas desalojadas e 8.649 desabrigadas. No Estado do Pará são 35 municípios atingidos e 170.095 pessoas afetadas direta ou indiretamente pela chuva. No Acre, existem 2.105 desabrigados e 1.695 desalojados, em dois municípios atingidos.

Em Santa Catarina, os danos causados pela chuva atingiram 10 cidades e uma população de 3.550 pessoas, deixando 3.333 desalojados e 217 desabrigados.

Barco é visto atracado em frente a escola no Careiro da Várzea (AM)
Barco é visto atracado em frente a escola no Careiro da Várzea (AM)
Foto: Arnoldo Santos / Especial para Terra
Agência Brasil Agência Brasil
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