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Europa

Reino Unido diz que Brasil negou entrada de navio britânico

11 jan 2011 - 14h15
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A Grã-Bretanha informou nesta terça-feira que o Brasil impediu que um navio da Marinha Real fizesse uma parada em seu domínio marítimo quando estava a caminho das Ilhas Malvinas, território britânico reclamado pela Argentina. A medida foi classificada pela imprensa londrina como "uma provocação" ao Reino Unido. As informações são da agência italiana Ansa.

"Podemos confirmar que o barco tinha previsto uma parada de rotina no porto do Rio (de Janeiro) no começo de janeiro", informou um porta-voz da chancelaria britânica. "Mas o Brasil não deu a autorização diplomática", acrescentou ele, dizendo, no entanto, que o governo do seu país respeita a decisão brasileira, pois Grã-Bretanha e Brasil mantêm uma relação próxima.

Segundo o diplomata, o tratado de cooperação de defesa entre o Reino Unido e o Brasil firmado em setembro do ano passado "é um bom exemplo de nossas relações sólidas". A imprensa britânica, porém, comentou que a atitude brasileira é "um indicativo" sobre o novo governo da presidente Dilma Rousseff, que, segundo eles, apoia a Argentina na soberania das Ilhas Malvinas.

"Apesar de tensões contínuas com a Argentina pelas Ilhas Malvinas, a Marinha Real teria, até agora, nutrido relações cordiais com seus colegas brasileiros", escreveu hoje o jornal inglês Daily Telegraph. Segundo o governo britânico, o barco HMS Clyde, que trabalha permanentemente na proteção das ilhas, foi forçado a reprogramar sua rota e, em troca, fez uma parada no Chile, onde a Marinha Britânica "segue desfrutando de boas relações".

Londres ainda confirmou que essa foi a primeira vez que o Brasil negou a permissão para um navio inglês entrar em um de seus portos. As Ilhas Malvinas (conhecidas na Inglaterra como Ilhas Falkland) são um território inglês, pelo qual a Argentina reclama posse desde o século XIX. Em 1982, os dois países travaram uma guerra por seu domínio e, mesmo que o Reino Unido tenha sido vencedor, o governo argentino ainda reclama seus direitos sobre as ilhas.

Fonte: Redação Terra
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