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Política

Raposas cuidam do galinheiro no Congresso do Brasil, diz jornal britânico

12 abr 2013 - 08h43
(atualizado às 10h01)
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O jornal britânico Financial Times afirma que, no Congresso brasileiro, "a raposa está frequentemente cuidando do galinheiro". Entre as supostas ''raposas'' citadas pelo diário, estão o deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), que preside a Comissão de Direitos Humanos do Congresso e que fez uma série de comentários racistas e homofóbicos; o novo presidente da Comissão de Finanças e Tributação, João Magalhães, que está respondendo a processo no STF que o acusa de corrupção; os petistas José Genoino e João Paulo Cunha, condenados no processo do mensalão e que integram a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania; e Blairo Maggi, atual líder da Comissão do Senado para o Meio Ambiente e um dos maiores produtores mundiais de soja.

Segundo o jornal, o Congresso "é refém de diversos grupos de interesse que podem mudar suas alianças a qualquer momento". De acordo com o Financial Times , as comissões brasileiras, ainda que sem dispor de um poder remotamente comparável ao das comissões do Congresso americano, ''são simbólicas dos poderosos grupos de interesse que atuam na política brasileira, comuns a todos os partidos".

É por esse motivo, acrescenta o jornal, "que os presidentes brasileiros normalmente tentam incluir o máximo possível de partidos em seus ministérios''. Mas o diário comenta que, ainda assim, a presidente Dilma Rousseff não consegue assegurar "a lealdade do Congresso".

O diário lista como derrotas da presidente no Congresso, a tentativa de aprovar um "Código Florestal mais simpático ao meio ambiente'', que acabou sendo frustrada pelo bloco ruralista, e a ''batalha que ela perdeu'' pela distribuição igualitária de royalties do petróleo entre os Estados, com "os congressitas votando de acordo com suas interesses regionais".

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