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Protesto pede liberação de novos remédios contra hepatite C

Ministério da Saúde informou que a aprovação definitiva para o uso no SUS, no entanto, dependerá da avaliação pela Conitec

4 dez 2014 - 18h26
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Manifestação reuniu cerca de 50 pessoas
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Cerca de 50 pessoas se reuniram nesta quinta-feira, 04, em frente ao prédio do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, para pressionar por rapidez na aprovação de três novos medicamentos usados no tratamento de hepatite C: sofosbuvir, simeprevir e daclatasvir.

Os remédios ainda estão sendo avaliados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas deverão chegar ao Brasil por um preço inferior ao cobrado nos Estados Unidos e podem reduzir em até 60% por paciente o custo no tratamento da doença, segundo o presidente do Grupo Otimismo de Apoio ao Portador de Hepatite, Carlos Varaldo.

"Com essa diminuição no custo para cada pessoa cadastrada no SUS, vai ser possível que mais pessoas sejam tratadas pela rede pública com a mesma verba destinada hoje para esse fim. E isso sem falar dos benefícios no uso desses medicamentos, que têm efeitos colaterais muito menos agressivos e uma resposta mais concreta para a cura da hepatite C, chegando a curar 95 por cento dos casos tratados", afirmou Varaldo,

O Ministério da Saúde informou que a aprovação definitiva para o uso no SUS, no entanto, dependerá da avaliação pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS) e da finalização do processo de registro pela Anvisa. Segundo o Diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita, "a demora nesse processo é consequência da complexidade da legislação brasileira. Ainda assim, solicitamos à Anvisa que dê prioridade em registrar esses medicamentos, porque se trata de um interesse estratégico para o SUS e para seus pacientes".

De acordo com o grupo de apoio ao portador de hepatite, os remédios utilizados hoje causam problemas colaterais graves para a saúde do paciente, que pode, muitas vezes, ser obrigado a suspender o tratamento por causa dos riscos. É o que afirma o advogado Nilton Perillo, que tem a doença e já passou pelo tratamento atual. "Eu mesmo tive anemia aguda pelo uso de Ribavirina. Sei de pessoas que tiveram que abandonar o tratamento, por recomendação médica, por causa da agressividade desses remédios", disse.

Até o fechamento dessa reportagem, a Anvisa não havia respondido à Agência Brasil sobre o assunto.  

Agência Brasil Agência Brasil
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