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PR: professores voltam às ruas e servidores ameaçam greve

Magistério pede aumento de 8,17%, mas o governo do Estado propõe reajuste de 5%

19 mai 2015 - 21h09
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Professores e outros servidores públicos do Paraná voltaram a protestar na manhã desta terça-feira (19), em Curitiba. A pauta dos manifestantes é o reajuste salarial. Eles se concentraram em duas praças da cidade e caminharam até o Centro Cívico, onde fica a sede do governo estadual.

Servidores da rede pública paranaense ameaçam aderir a greve dos professores da rede pública estadual
Servidores da rede pública paranaense ameaçam aderir a greve dos professores da rede pública estadual
Foto: Agência Brasil

Segundo o Sindicato dos Professores do Paraná (APP-Sindicato), que organizou a manifestação, 30 mil pessoas participaram do protesto. A Polícia Militar (PM) estimou em 10 mil, o número de manifestantes.

Na semana passada, o governo paranaense anunciou que encaminharia projeto à Assembleia Legislativa para aumentar os salários em 5% a serem pagos em duas parcelas. Em greve desde 27 de abril, os professores se opuseram à proposta e pedem aumento de, no mínimo, 8,17%, por causa da reposição da inflação.

Servidores de outras categorias se uniram aos professores e ameaçam promover uma greve geral caso o governo não reveja o reajuste. No inicio desta tarde, representantes dos servidores e do governo local se reuniram, mas não chegaram a um acordo.

“O governo não apresentou nenhuma proposta. Nem quando vai enviar o projeto (de reajuste de 5%). Nós já dizemos que isso é insuficiente e não atende aos servidores. Por isso, é greve geral no Paraná a partir de hoje”, disse Marlei Fernandes, da APP-Sindicato e representante do Fórum das Entidades Sindicais (FES).

Segundo ela, sete universidades estaduais, além dos professores da educação básica, estão em greve. As demais categorias devem definir, em assembleia, se aderem à paralisação.

O governo do Paraná ainda não se pronunciou sobre a reunião de hoje. Anteriormente, o chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra, disse que o governo já estava no limite da lei de responsabilidade fiscal e da disponibilidade financeira do estado. “Estamos fazendo um esforço extraordinário para garantir esse índice de reajuste num momento em que a economia dá sinais concretos de recessão e aumento do desemprego”, afirmou.

A segunda greve dos professores do Paraná em 2015 foi motivada inicialmente por um projeto de lei para alterar a Previdência estaual. O projeto foi aprovado pelos deputados e sancionado pelo governador. Para protestar contra a votação do texto, servidores fizeram manifestação em frente a Assembleia Legislativa, em 29 de abril. Na ocasião, a ação da polícia para dispersar os manifestantes deixou mais de 200 feridos.

Agência Brasil Agência Brasil
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