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Presidente do PT diz que boato sobre Bolsa Família é 'terrorismo eleitoral'

Em vídeo, presidente do PT convocou a militância petista a ficar 'alerta' contra 'boateiros'

21 mai 2013 - 22h38
(atualizado às 22h44)
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O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou nesta terça-feira que os boatos sobre a suspensão do pagamento do programa Bolsa Família fazem parte do “terrorismo eleitoral”  de “boateiros” e atacou o que chamou de “mídia conservadora”. 

Em um vídeo de um minuto publicado no seu site nesta terça-feira, o presidente do PT afirmou que a "mídia conservadora" faz campanha contra o partido, e convocou a militância petista a ficar “alerta”. “Cuidado com os boatos boca-a-boca, os boatos na rede e os boatos nos ônibus, inclusive, que ficam disseminando conversas mentirosas”, disse. 

Falcão afirmou que aguarda a conclusão do trabalho da Polícia Federal, que está investigando os responsáveis pela divulgação do boato, para que cessem os boatos contra o PT. “A Polícia Federal está atrás dos boateiros, e nós esperamos que eles sejam rapidamente identificados para que pare essa campanha de terrorismo contra o PT e, principalmente, agora, contra o nosso governo.”

Na segunda-feira, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, afirmou, em seu perfil no Twitter, que os “boatos sobre o fim do Bolsa Família deve ser da central de notícias da oposição”. Para ela, a situação “revela posição ou desejo de quem nunca valorizou a política”.

Na manhã desta terça-feira, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que a velocidade com que os boatos sobre o fim do Bolsa Família se espalharam levanta a suspeita de que a ação possa ter sido "orquestrada".

"Isso chama a atenção porque tivemos a eclosão (dos boatos) em vários pontos diferentes do território nacional e com uma velocidade espantosa. Não podemos afastar a hipótese de ter havido orquestração desses boatos sabe-se lá por que razão. Evidentemente houve uma ação de muita sintonia, mas isso nos leva a cogitar essa hipótese", disse ao acrescentar que haverá rigor nas punições, embora ainda não seja possível identificar quais delitos foram cometidos.

Quanto à possibilidade de motivação política para a divulgação dos boatos, Cardozo disse que ainda é cedo para qualquer posicionamento. "Seria leviano da minha parte, como ministro da Justiça, falar sobre isso enquanto a apuração não for concluída", destacou.

Segundo ele, a PF está investigando o caso com "absoluta prioridade". "Ações como essas mostram um profundo descompromisso com o interesse público e com o País."

Boato levou centenas de pessoas à agências

De acordo com a Caixa Econômica Federal, houve tumulto durante a tentativa de saque do benefício em nove agências de Alagoas, 15 da Bahia, 14 de Pernambuco, 18 da Paraíba, 34 do Ceará, oito do Piauí e 13 do Maranhão.

Segundo o banco, foi registrada confusão ainda no Rio Grande do Norte e em Sergipe. Até o momento, não foi divulgado o balanço em outras regiões. Mais cedo, a Presidência da República havia relatado também corrida de beneficiários a agências da Paraíba, do Amazonas e do Rio de Janeiro.

No domingo, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome divulgou nota desmentindo “qualquer veracidade nos boatos relativos à suspensão ou interrupção dos pagamentos do Programa Bolsa Família”. 

Ainda na nota, o ministério afirmou que “assegura que o calendário de pagamentos divulgado anteriormente está mantido e que não há qualquer possibilidade de alteração nas regras do Programa”.

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, fez, também no domingo, um apelo para que a população siga o calendário do governo para saque do benefício do Programa Bolsa Família e não procure as agências da Caixa Econômica Federal e dos Correios antes da data.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou que a Polícia Federal abra inquérito para apurar a origem do boato sobre a suspensão do Bolsa Família. 

O Bolsa Família completará 10 anos em outubro deste ano e, atualmente, atende a 13,8 milhões de famílias e a 50 milhões de pessoas. De acordo com Tereza Campello, no início da gestão de Dilma Rousseff o orçamento do programa era R$ 14 bilhões e saltou para os R$ 24 bilhões previstos para 2013. "É um programa que nunca foi contingenciado", declarou.

Fonte: Terra
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