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Presença de partidos gera divisão e violência em protestos de SP

21 jun 2013 - 05h52
(atualizado às 07h36)
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A manifestação organizada para comemorar a a revogação do aumento da tarifa dos transportes públicos em São Paulo colocou em evidência a divisão entre militantes ligados a partidos políticos e manifestantes contrários à presença deles nos protestos.

Segundo o instituto de pesquisas Datafolha, cerca de 100 mil pessoas participaram da marcha nesta quinta-feira. Ela se concentrou principalmente na Avenida Paulista e se dispersou sem a intervenção da Polícia Militar.

Lideranças de esquerda, inclusive do PT da presidente Dilma Rousseff, determinaram que seus militantes marcassem presença nos protestos de quinta-feira.

Até então, a participação dessas agremiações vinha sendo mais tímida. A maior parte dos militantes que integraram marchas anteriores eram de partidos como PSTU e PSOL.

Nesta quinta-feira, enquanto o maior grupo de manifestantes se concentrava na Praça do Ciclista - local escolhido pelo Movimento Passe Livre - militantes de partidos de esquerda se reuniam em ruas próximas.

Os dois grupos chegaram a marchar em sentido e pistas contrárias da Avenida Paulista - ressaltando a falta de integração. Os manifestantes supostamente espontâneos gritavam "Sem partidos!" e ofendiam os militantes, que portavam bandeiras e distribuíam panfletos.

Agressões

Quando os ativistas políticos se integraram à marcha principal, foram recebidos a socos e pontapés pelos por manifestantes mascarados. Diversos focos de conflito surgiram e desapareceram em meio à marcha.

Pelo menos um homem foi ferido na cabeça e teve que ser socorrido pela Polícia Militar.

Manifestantes mais exaltados tomaram bandeiras dos militantes. Elas foram queimadas e jogadas em chamas sobre os ativistas políticos.

Após cerca de duas horas de hostilidades não era mais possível identificar bandeiras de partidos.

Manifestantes chegaram a deixar a Avenida Paulista e seguir para a Assembleia Legislativa e a Câmara Municipal, mas os episódios de saques e depredação do protesto da terça-feira não se repetiram.

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