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Prêmio Nobel da Paz homenageia comissário brasileiro morto em atentado

16 ago 2013 - 20h59
(atualizado às 21h08)
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Um debate no Rio de Janeiro com a presença do ex-presidente do Timor Leste e vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 1996, José Ramos Horta, prestou homenagem nesta sexta-feira ao alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos e chefe da representação da ONU no Iraque, Sérgio Vieira de Mello, que morreu em ataque terrorista à sede da ONU em Bagdá em 2003, junto de outras 21 pessoas. 

Na próxima segunda-feira, completam-se 10 anos do atentado. Hoje, Horta lembrou o papel fundamental de Vieira no processo de paz e reconstrução de seu pequeno país, a partir de 1999.

“O Timor Leste foi o primeiro caso eminentemente político de que Sérgio Vieira de Mello participou e representou as Nações Unidas. Todos nós em Timor Leste, quando Sérgio morreu, morte tão trágica, tão injusta, observamos luto nacional, homenageamos e todos os anos no Parlamento Nacional de Timor Leste há um evento, chamado Prêmio Sérgio Vieira de Mello de Direitos Humanos. É a nossa gratidão pelo papel que ele teve em Timor Leste, mas não só. Ele serviu à causa da ONU, da paz, da humanidade, por mais de 30 anos.”

A viúva do ex-funcionário da ONU, Carolina Larriera, que também é representante do Centro de Direitos Humanos da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, lembra que Vieira trabalhou a vida toda por causas humanitárias.

“É um momento muito importante para relembrar a obra internacional que ele fez, sobretudo a obra que ele fez do ponto de partida mais importante, que definia ele, que era ter sido um brasileiro que tinha uma compreensão aprofundada de quais são as sociedades que precisam ter uma maior sensibilidade e que as grandes diferenças nas sociedades criam barreiras que são muito difíceis de superar”, disse. 

Ramos Horta também vai participar do seminário Dez Anos sem Sérgio Vieira de Mello e do Dia Internacional do Trabalhador Humanitário, criado pela ONU em homenagem ao brasileiro. O evento vai ocorrer segunda-feira, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, com a participação do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Atualmente, o ex-presidente do Timor Leste é enviado da ONU para a Guiné Bissau.

Agência Brasil Agência Brasil
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